segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ALGA DOCE



Polônia, 2008
Direção: Andrzej Wajda

Baseado em conto de um dos escritores mais eminentes da Polônia, Jaroslaw Iwaszkiewicz, o filme mostra um amor multidimensional que chega tarde demais e de uma morte que sempre chega cedo. Uma mulher de meia-idade, muito culta, Marta, é casada com o médico de uma pequena cidade, que não sabe que ela é doente terminal. Ela ainda chora a morte de seus dois filhos, que morreram durante a guerra. Um dia, Marta encontra um homem muito mais jovem, Bogus, um trabalhador simples, e se encanta com sua juventude e inocência. Seus “encontros” às margens do rio cobertas de alga doce são marcados por um fascínio mútuo de uma vida chegando a um fim prematuro e uma vida apenas entrando em sua maturidade. Mas o destino lhes reserva uma grande ironia. Andrzej Wajda entrelaça essa história com monólogos da vida real da atriz Krystyna Janda, intérprete de Marta, lidando com a morte prematura do marido, o diretor de fotografia Edward Klosinski, a quem o filme é dedicado. As duas mulheres tornam-se uma – um ser humano profundamente ferido que tem que ficar sozinho e lidar com o destino inevitável da morte.

Onde termina a realidade e começa a ficção? Este filme mistura os dois e se você não souber a história por trás dele, realmente poderá sair um pouco confuso como bem ressaltou mi amigo Daniel Luppi. A cena em que Krystyna abandona o set resume bem todo o sofrimento dessa mulher que não soube separar a realidade da ficção naquele momento. Belíssimo trabalho de Wajda.

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