quinta-feira, 19 de agosto de 2010

TOY STORY 3

EUA, 2010
Direção: Lee Unkrich
Está encerrada a trilogia de um dos melhores filmes de animação de todos os tempos. 15 anos após o primogênito, chega as telas Toy Story 3.
Quando foi lançado o primeiro filme da franquia, eu tinha acabado de entrar na maioridade. Toy Story foi uma revolução na indústria de animação que arrebatou fãs do genêro até então "presos" as obras da Disney. Não desmerecendo a Disney, pelo contrário, ela possui inúmeros clássicos inesquecíveis, mas a chegada da Pixar, trouxe frescor e criatividade até então inédita, tanto que a Disney não perdeu tempo e juntou-se a nova "princesa" da animação.
Hoje, na faixa dos 30, o público de Toy Story amadureceu, mas isso é o de menos, pois o filme arrebata corações de idades mais diversas, sendo indicado para crianças dos 5 aos 90 anos.
O filme já entrou em cartaz faz um tempo e para evitar a euforia da estreia, resolvi esperar um pouco para confêri-lo. Resumo da ópera: o filme encontra-se em poucas salas e somente em versões dubladas. Visto isso, corri para ver a obra na telona, pois ainda não inventaram jeito melhor de conferir um filme, mesmo com toda tecnologia que desponta dia após dia.
Ao entrar na sala, repleta de crianças e adolescentes, pensei com meus botões: vai ser uma sessão barulhenta, mas bastou Buzz Lightyear soltar seu popular refrão para o silêncio imperar. Incrível!
Neste último filme, Andy cresceu e vai para a faculdade, tendo a difícil missão de dar um destino correto e digno para seus companheiros de brincadeiras inesquecíveis. Os brinquedos então sofrem com a situação, imaginando que irão parar no lixo. Para evitar esta tragédia, armam uma fuga espetacular onde conhecerão novos brinquedos candidatos a juntar-se aos já clássicos personagens Wood, Buzz, o tiranossauro medroso e o Sr. cabeça de batata. Novos personagens como o bebezão (assustador) e Ken, namorado da Barbie já nasceram clássicos.
O filme trata do amadurecimento e mostra como cultivar as boas lembranças do passado sem ater-se a nostalgia. Lembranças são ótimas, mas a vida segue, e é no presente que devemos concentrar nossas forças.
Os brinquedos terão o destino que merece e Andy, ficará muito feliz com o novo lar de seus eternos companheiros. A cena final de Andy brincando pela última vez com a herdeira do tesouro é linda e frases como : Hey Ken, seu metrossexual de plástico, já entraram para a história em uma das mais bem sucedidas trilogias da história da sétima arte. Sensacional! Ao infinito e além!




Indicado ao Oscar de: Filme/Animação/Canção/Ediçaõ de som/Roteiro adaptado

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

35 FILMES EM DOIS MINUTOS E POSTERS DE PEDRO VIDOTTO

Este post inaugura uma nova tag no blog. O Cinemadicto irá abordar um tema que arremata o coração deste que vos escreve: Design. Sou apaixonado por design em geral. Desing de objetos, de móveis, toy art, tipografia, revistas, moda, posters (louco por posters) e etc ... Consequentemente, a arquitetura também é uma grande paixão.

Para começar a abordar o assunto publicarei posters minimalistas de Pedro Vidotto mostrando sua visão de alguns clássicos da sétima arte. Definitivamente, menos é mais.

E para encerrar, um curta muito legal que traz referências de 35 filmes em 2 minutos a partir de uma bela ideia tipográfica. Será que você consegue adivinhar todos? Divirta-se.












35mm from Pascal Monaco on Vimeo.

PONYO - UMA AMIZADE QUE VEIO DO MAR

Japão, 2008
Direção: Hayao Miyazaki
Sou fã deste mestre japonês da animação. Responsável por filmes como o já clássico e sensacional "A Viagem de Chihiro" e o "Castelo Animado", Miyazaki nos apresenta seu mais recente (nem tanto assim) filme.
Diante da invasão brutal do 3D, Miyazaki não cede a modernidade e prova que uma a animação não carece dos atuais efeitos tecnológicos para ser boa, pelo contrário, assim como em qualquer filme, a força esta no roteiro, que se for ruim, não há 3D que salve. Quer dizer, infelizmente os números desmentem minha teoria, mas já diria Nelson Rodrigues ...
"Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar", conta a história da peixinha que ao ser salva por um garotinho, apaixona-se por ele. Ponyo detém poderes que desconhece e através de seu amor e imensa vontade, transforma-se em uma menininha para estar junto com seu novo colega.
Como toda animação de Miyazaki, têmos uma explosão de cores na paleta de sua criatividade. Um roteiro fantástico, em todos os sentidos, com personagens idem, além de trazer embutida uma mensagem ecológica, mostrando os perigos que Ponyo corre ao querer transformar-se em uma humana.
Animação de altíssima qualidade feita da velha e boa maneira como a conhecemos em suas origens. Um traço já reconhecível para quem esta familiarizado com sua obra.
Personagens incríveis, roteiro fantástico e surreal (sempre agregando algo do cotidiano real), muita cor e psicodelia, são as marcas registradas do mestre Miyazaki, que para ser apreciada em sua totalidade, nada melhor que a grande tela da sala escura, esta sim, apta para sua magnífica arte.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

SIDEMAN


Texto: Warren Leight
Direção: Zé Henrique de Paula
Com: Sandra Corveloni, Otávio Martins, Alexandre Slaviero e outros.


Ao ler a sinopse pensei que iria assistir algo mais relacionado a música do que a problemas do cotidiano. "Sideman" é o nome dado aquele músico que não tem banda, o chamado músico de estúdio que está ali para compor e substituir. Coisa muito comum, principalmente dentro do Jazz.

Outro atrativo era a presença de Sandra Corveloni, a Cleuza de "Linha de Passe", que levou o prêmio de melhor atriz em Cannes pelo filme citado.

Mais uma vez vítima da sinopse ilusória. Fui pela música e sua história e encontrei algo totalmente diferente e ... banal. Se o roteiro fosse bom, mesmo que não focasse na música, estaria tudo bem. Mas não é. Os músicos estão lá, mas a peça conta de sua amizade. Personagens caricatos e atuações caricatas que beiram a inocência. Nem Sandra se salva, os personagens são muito pouco desenvolvidos e o protagonista, o jovem filho de Sandra com um dos músicos, é interpretado por um astro teen de Malhação. (Não, eu não sabia). Trata-se da história de um casal como tantas outras.

Se formos falar da parte técnica, daí sim ela merece muitos elogios. O cenário é muito bem resolvido e criativo e o figurino está impecável. Tive a oportunidade também de conhecer dois bons atores, o que interpreta o músico drogado (Eric Lenate), claro, tinha que ter um e Daniel Costa. O resto foi uma decepção. Muita pompa para pouca arte. E quem aprecia o Teatro, sabe que "pompa", é o que menos importa dentro do tablado.





segunda-feira, 2 de agosto de 2010

THE APPLE AND THE WORM


Dinamarca, 2010
Direção: Anders Morgenthaler

Um dos três longas que esteve presente no Anima Mundi 2010, "The Apple & the Worm" vem de uma país que não possue muita tradição na animação. De cara já percebe-se que o filme segue um ritmo mais lento, diferente do que estamos acostumados. A animação possue traços simples e um roteiro bonitinho. Não chega a ser um primor, e em alguns momentos confesso que é até chato, mas alguns personagens e a bela conclusão fazem com que seja um programa ao menos curioso.
O filme conta a história de uma maça perfeita (Torben), ela quer participar de exposições e ganhar prêmios. Um belo dia aparece um verme (Sylvia) dentro dela e ela acaba sendo expulsa da árvore para não contaminar as outras maças. Dá-se início então uma aventura pelo mundo desconhecido que existe fora da macieira.
Junto com Torben e Sylvia, temos outros dois personagens como a maça defeituosa que parece uma pêra (Newton) e a cerejinha cantante (Bo). Newton quer conhecer o mundo, sair por aí e junta-se a Torben e Sylvia na aventura. Pelo caminho encontrarão outras frutas e vegetais em geral, como os tubérculos fanáticos que esperam um dilúvio e a berinjela psicopata.
Apesar de não envolver muito, a conclusão traz uma bela mensagem que vale para todos: Nem sempre detemos poder sobre nosso destino. Podemos almejar uma carreira promissora e fazer por onde conquistá-la, mas a vida nos reserva supresas que podem alterar completamente o resultado final. Torben não conseguiu ser uma maça premiada, mas virou uma frondosa árvore e pai dedicado, além de ganhar uma amiga para a vida.




ANIMA MUNDI 2010 - SESSÃO GUILHERME MARCONDES & STEPHEN HILLENBURG

Brasil e EUA
Diretores: Guilherme Marcondes e Stephen Hillenburg

Neste fim de semana que passou fui conferir um pouco da tradicional mostra de animação. Pude rever o belo trabalho do artista Guilherme Marcondes que ganhou inúmeros prêmios mundo afora com "Tyger", que até então só havia conferido na diminuta tela do monitor, além dos trabalhos de Stephen Hillenburg, criador do insano e hilário Bob Esponja.
A sessão teve início com Marcondes, onde além do premiado trabalho já citado, foi apresentado trabalhos publicitários para empresas gringas e outras animações do artista. "Tyger" na tela grande é uma experiência sensorial incrível, realmente de encher os olhos. Quase todos seus trabalhos seguem uma linha psicodélica nonsense com muita cor embalado por uma trilha viajandona.
Para fechar ficamos com animações do início de carreira de Hillenburg com trabalhos mais experimentais e depois três episódios de "Bob Esponja" que levou o jovem público ao delírio. Hillenburg aliás, foi um dos homenageados do festival este ano. Programa completo para todos os sentidos.