sábado, 28 de novembro de 2009

AC/DC - MORUMBI - 27.11.09


13 anos depois estamos lá novamente. Os mesmos melhores amigos de sempre, a turma rock n´roll inseparável, para mais uma vez curtir e reverenciar a maior banda de rock do planeta. Hà 13 anos eu tinha 20 e estava realizando um sonho. Ontem, fomos reviver os momentos marcantes e inesquecíveis que fez com que o AC tenha sempre seu lugar garantido no coração de todos os rockeiros deste mundo.

E mais uma vez foi emocionante. 3 gerações unidas por um só motivo, o velho e bom rock n´roll. Senhores na faixa dos 50, afinal a banda começou em 1973, trintões como eu e minha turma e adolescentes curtindo pela primeira vez o melhor espetáculo da terra. Sabe aquela frase: dance como se estivesse sozinho? Foi isso o que aconteceu no Morumbi ontem a noite. Todos hipnotizados, extasiados e felizes, com um puta sorriso no rosto de satisfação graças aos poderosos riffs de Angus Young e aos potentes vocais de Brian Johnson, que fazem o melhor rock do planeta. Um rock alegre e festeiro com base no blues, um blues acelerado.

18:45 Entramos no estádio. Cai um puta toró. E você acha que a galera esfriou? Pelo contrário. Todos começaram a gritar, ocorria uma batalha entre pista e arquibancada para ver quem gritava mais alto. O dj mandava Jimi Hendrix e Black Sabbath nas caixas e o povo delirava. Quanto mais a água caia, mais o povo enlouquecia. Sensacional. Mais rock n´roll impossível. 20 minutos depois a chuva parou e só apareceu novamente na hora de sair do estádio, ou seja, perfect!

20:30 Começa o show do Nasi com uma banda que contava também com Andreas Kisser na guitarra. E os caras exerceram extremamente bem a função de esquentar o povo. Com músicas do Clash, Plebe Rude, Stooges e Raulzito, o povo ja estava no ponto para receber os melhores do mundo.

21:30 As luzes se apagam. Brilham luzes vermelhas pelo estádio, referentes aos famosos chifrinhos atribuídos à Angus, que dizem: "He´s got the devil in his fingers and the blues in his soul". É a marca registrada do homem que é a representação máxima da banda. Os primeiros acordes de "Rock n´Roll Train", do novo disco, "Black Ice" fazem o estádio tremer, todos pulam como num verdadeiro mantra, uma manifestação de pura ode a esta verdadeira religião que é o ROCK. Para quem não conhece a banda e acha que eles são tipo daquelas bandas velhas que vivem dos sucessos antigos, dobre a língua, pois eles são extremamente produtivos e este último álbum lançado recentemente bateu recordes de venda de cds em tempos de download.

Mas foi com "Back in Black" que o povo veio ao delírio pela primeira vez. E depois com "Highway To Hell", "You Shook Me All Night Long", "The Jack" com o tradicional strip de Angus Young que corria ensandecido de um lado para o outro do palco suando bicas e ia pra galera através de uma ponte que entrava na pista para que o músico se aproximasse. Brian Johnson tocando o sino em "Hell´s Bells", a boneca gigante em "Whole Lotta Rosie", "Thunderstruck", enfim, M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!

Teve também o solo de guitarra de Angus. Os chatos sempre reclamam dos eternos solos de guitarra dos shows de rock, mas meu amigo, não é qualquer um solando na sua frente não, baixa a bola e reverencie Mr. Angus Young.

Para finalizar tivemos explosões de canhões e uma chuva de fogos ao som de "For Those About to Rock: We Salute You". Mais de 2 horas pulando e cantando sem parar, com um coral de 70 mil vozes em estado de nirvana puro. Com certeza, uma das coisas que se deve fazer antes de morrer! Já garanti duas hahaha. Lindo, único e mágico. Alma Lavada. Muito obrigado Deuses do Rock, por poder presenciar mais uma vez o maior espetáculo da Terra. Ao menos para mim.

Oração do Rock

"Elvis Presley que estais no céu;
Muito escutado seja Bill Haley;
Venha a nós o Chuck Berry;
Seja feito barulho à vontade;
Assim como Hendrix; Sex Pistols e Rollings Stones.
Rock and roll que a cada dia nos melhora;
Escutai sempre Clapton e Neil Young;
Assim como Pink Floyd e David Bowie, Muddy Waters e The Monkees.
E não deixeis cair o volume.
Mas livrai-nos do Pagode e Axé.
Amém!”.

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