segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A MOSQUITEIRA

Espanha, 2010
Direção: Agustí Vila

Opa opa, cheiro de bomba no ar. Mas péra lá, o filme faz pensar. Gosto de bizarrices que fazem pensar. No primeiro momento parece asqueroso, estranho e incomoda. Pessoas que não gostam de ver a realidade estampada na tela costumam rejeitar este tipo de filme, mas eu adoro, porque o incômodo fica visível no rosto das pessoas ao final da sessão.

Mosquiteira é aquela rede que serve para proteger a cama dos indesejáveis insetos, comum ainda em cidades do interior. Para o filme, talvez ela signifique um metáfora para a proteção dos personagens da película. Proteção temporária dos conceitos de certo e errado que a sociedade ao redor impõe.

Temos aqui uma família bizarra, difícil dizer qual o personagem menos transtornado. A única certeza que podemos tirar é que a base familiar é muito importante na formação do ser humano. A loucura não é genética, mas a convivência e a educação são fundamentais para o desenvolvimento do homo sapiens.

Uma ode a loucura, uma permissão temporária para se fazer o que quiser. A loucura, dentro da loucura, afinal de contas, de perto, ninguém é normal, ninguém. Mesmo que você se ache o ser mais centrado do mundo. A mãe da menininha também achava. Provocativo e eu gosto!

29/10 - Belas Artes - 18h20
30/10 - Cine Livraria Cultura 2 - 23h50


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