Espanha, 2008
Direção: Albert Serra
Existe uma diferença entre filme ruim e filme chato, e os dois filmes que vi de Serra são muito chatos. Os dois são adaptações mais que livres de clássicos populares. O primeiro de Dom Quixote e este último sobre a peregrinação dos 3 Reis Magos para encontrar o menino Jesus.
O cinema de Serra é totalmente autoral e sensorial. Ele gosta de provocar o público com sua câmera estática onde nada acontece. Por um momento achei que o cabritinho que Maria carregava pra cima e para baixo pudesse ser a representação de Jesus na visão de Serra. Vai saber hahaha.
O filme tem alguns lampejos sensacionais, como a cena dos magos reverenciando o menino Jesus, mas não chega a salvar a fita. Serra quer incomodar o público através de suas artimanhas cinematográficas como estourar a luz logo após uma cena escura. Suas sequências infinitas e estáticas fazem com que você se canse junto com os personagens (uma sacada muito boa da minha princesa).
Na verdade, acho que Albert Serra mostrou-se um diretor muito pretensioso nos dois filmes que acompanhei. Outro fenômeno que seus filmes provocam é o exôdo da sala. Concordo que isso não quer dizer (quase) nada. Neste caso acho que disse. Só neste último cerca de 20 pessoas deixaram a sala, média semelhante ao seu outro filme que conferi à 2 anos atrás. Não é ruim, mas é chato que dói.
204
19/10 - domingo15:40
IG Cine883
26/10 - domingo21:30
HSBC Belas Artes 2
Nenhum comentário:
Postar um comentário
resmunga ai