domingo, 26 de outubro de 2008

Horas de Verão

As distintas trajetórias de dois irmãos e uma irmã de quarenta e poucos anos se chocam quando sua mãe — que preservava a obra de seu tio, o excepcional pintor do século XIX Paul Berthier —, morre repentinamente. Os filhos são levados ao confronto de suas diferenças. Adrienne, uma bem sucedida designer em Nova York; Frédéric, economista e professor universitário em Paris; e Jérémie, um dinâmico empresário que vive na China, são apresentados às texturas e lembranças do final da infância, às memórias partilhadas, criando uma visão única do futuro.

França, 2008
Direção: Olivier Assayas

Para quem aprecia arte é um prato cheio. Quadros, mobílias, peças com design inovadores e consagrados fazem parte do cenário deste belo filme que não é somente um catálogo de arte. Mas vale destacar o trabalho da produção de arte. Lendo somente a sinopse temos a impressão de ser mais um daqueles dramalhões onde os encontros proporcionados pela desgraça sempre possuem o mesmo desfecho: - Lavar a roupa suja acumulada por anos. Mas Assayas foge deste clichê e nos oferece mais um excelente exemplar da ótima cinematografia francesa, com certeza, a melhor da Europa nos últimos anos. O tema é delicado (espólio), mas o desfecho deste pesar é resolvido da maneira mais civilizada que a velha Grécia deixou de herança: - A Democracia. Discussões e diferenças? Claro que existem, mas seus personagens sabem dialogar para chegar a um senso comum. Assayas nos mostra um pouco do requinte e da sabedoria deste povo que eu admiro. Sempre elegantes, cultos e inteligentes com uma mente muito mais aberta que a de qualquer outro país. O dia que nosso povo entender que somente a educação e a cultura podem mudar nosso futuro, o Brasil começara a ser um país melhor. É um trabalho de gerações sim, mas se não plantarmos a semente ... E de lambuja, tem a presença da musa Juliette Binoche. Muito bom.








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