terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Marley e Eu

EUA, 2008
Direção: David Frankel


Já fazia um belo tempo que eu não fazia isso: Ir à um shopping em pleno sábado para pegar um cineminha. Costumo frequentar os cinemas de rua, mais especificamente os da região da Paulista e os poucos cinemas de bairro, como o IG Cine e a Sala Uol, mas naquele Sábado em especial, eu estava com uma certa preguiça de me deslocar até a Paulista (não moro perto) e como o filme que eu pretendia ver estava em um shopping perto de casa, resolvi arriscar.

O filme em questão era "O Curioso Caso de Benjamin Button". Ao chegar perto da bilheteria deparei-me com uma fila desagrádável e ao chegar no meio soltam um aviso dizendo que a sessão de Benjamin estava lotada. Que que eu vim fazer aqui, pensei. Como não havia tempo de ir para outro cinema e eu teria que pagar o estacionamento, resolvi ficar por ali mesmo e encarar "Marley e Eu".

Pra ser sincero eu estava curioso sim para assistir ao filme canino, mas ele não estava entre minhas prioridades.

Estava curioso porque eu li o livro. CREDO! você leu o livro? Pois é, eu li e ainda fui ver o filme! Não vou dizer que se trata de um primor da literatura, tampouco uma obra master do Cinema, mas poxa, deem uma brecha vai! Se eu não fosse um APAIXONADO por cachorro (tenho 3) provavelmente não estaria nem aí, mas não é o caso.

Mesmo quem não leu o livro sabe do que trata a história. Jovem casal de jornalistas, o bom Owen Wilson e a sem sal Jennifer Aniston, compram um labrador, afinal, seria um bom teste para os pimpolhos que viriam futuramente.

O filme não é somente um cachorro louco e babão aprontando todas, tem isso também, mas ele vai além. O foco está nas escolhas que fazemos para nossas vidas. Criar uma família ou satisfazer meus anseios? Poxa, não dá pra conciliar os dois? Difícil companheiro. Quando você tem um filho, tudo muda. Você passa a viver não mais para você e sim para aquele pequeno anjo. Viagens de trabalho, cobertura do tráfico na Colômbia, esquece, você agora tem uma pessoinha que não dá um passo sem sua ajuda. Então o personagem de Owen vê-se de frente para esta nova realidade. Ele recebe um convite do amigo eterno galanteador e solteirão convicto para realizar uma reportagem especial para o New York Times. É tudo o que ele sempre quis, mas o que dizer para a mulher que está pronta para ser mãe? Em dado momento ele diáloga com Marley (pois é, eu também falo com os meus dogs) e pergunta? Marley, as vezes você não tem a sensação de que não fez tudo que queria? Também tem a depressão pós parto enfrentada pela personagem de Jennifer. Cuidar de 3 crianças pequenas mais um cachorro louco não é pra qualquer um e em algum momento a barra vai pesar, é questão de tempo. O casal tem que ser forte e o homem muito compreensível com sua esposa. Enfim, o filme fala do cotidiano que aflige todo casal que sonha em formar uma família e mostra que não é nada fácil, mas extremamente compensador.

Divagações a parte, Marley é um lindo e endiabrado labrador. Só quem tem cachorro pra entender o amor e apego que estes seres nos transmitem. Um dos meus vira-latas é diabético. Ja ta velhinho (11 anos) e toma injeção de insulina 2 vezes por dia. Todo mês o levo até a USP para exames de rotina. Lá encontro pessoas apaixonadas assim como eu e ouço histórias incríveis sobre estes seres que são sem dúvida o melhor amigo do Homem.

Para um cachorro, não importa se você é rico ou pobre. Ele não precisa de uma mansão, tampouco de rações premium ou banhos diários no petshop. O cão pode ter tudo à sua volta e ainda assim ser infeliz, afinal, para muitas madames ele é apenas um objeto de decoração. Um exemplo que ilustra bem isso são os cães dos catadores de papel que estão sempre ao lado de seus donos balançando o rabo como se fossem os seres mais felizes da Terra. E são. O cachorro ama incondicionalmente. Ele nos dá o amor na sua forma mais pura. Basta amar, para ser amado e ter um amigão até que a morte os separe. A vida ao lado de um cão ... Só quem tem ou teve pode descrever essa experiência maravilhosa. Amor eterno.

O filme? Como já disse, não é nenhuma obra-prima, longe disso, mas recomendo para todos os amantes destes ônibus de pulgas. Cachorro é tudo de bom!




Um comentário:

  1. Jennifer Aniston sem sal!? Vc está sendo um pouco rigoroso em suas análises! rss

    mas enfim...
    adoro cães e conheço bem os labradores (é o mascote de minha família, o Simba!). E tenho curiosidade pra ver o filme sim, mas confesso q vou esperar ele passar domingo a tarde na TV. A menos q, como vc, eu me depare com outra sessao lotada e entre por falta de opção e pra nao perder a viagem!
    abço

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resmunga ai