quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Dúvida

USA, 2008
Direção: Jonh Patrick Shanley
Como só estrearam por aqui dois dos candidatos à melhor filme, já comentados no blog, resta a nós brasileiros conferir os filmes que obtiveram outras indicações, como as de melhor ator e melhor atriz. E neste quesito, sem dúvida, este filme é o campeão, afinal, foram 4 indicações.
O filme se passa em 1964 em uma escola católica. Meryl Streep sempre ótima, faz o papel da diretora carrasca. Ela não é uma freira, é uma bruxa perversa e rancorosa que impõe medo nos alunos. O gordinho Philip Seymour Hoffman faz o papel do padre bonzinho e moderno, que quer reaproximar a paróquia de sua comunidade adotando idéias pouco bem-vindas a pré-histórica igreja católica.
Ainda temos a simpática irmã interpretada pela bonitinha Amy Adams. Aliás, a melhor das interpretações no meu ver, afinal, os outros dois já citados dispensam comentários.
A irmã interpretada por Meryl é ortodoxa ao extremo e não gosta do jeito moderninho de ser do Padre Hoffman, que cultiva belas unhas, gosta de açucar e bebe vinho. Mas mesmo não aprovando sua maneira de ser, ela sabe que quem manda na Igreja são os homens. Ela pede então para que todas as irmãs fiquem de olhos bem abertos para qualquer movimento suspeito do famigerado padre.
A inocente irmã Amy Adams vê algo que desperta suas suspeitas e vai correndo contar tudo para a irmã bruxa Meryl Streep. Era tudo que ela queria. Ela então convoca o padre para um téte a téte, o clima esquenta e está declarada a guerra. Mesmo sem provas, ela acusa o padre publicamente de pedofilia.
O filme não mostra nada explicitamente, querendo gerar a dúvida no espectador também.
Trata-se de um filme de ator. As interpretações são ótimas e mereceram as indicações. Confesso que Amy Adams surpreendeu-me muito positivamente e outra bela surpresa foram os 10 minutos de Viola Davis, a mãe do garoto supostamente abusado. Sua breve aparição no diálogo com a irmã bruxa foi o suficiente para lhe render a indicação de atriz coadjuvante.
O filme contudo é previsível e a conclusão me decepcionou. Achei bem fraca. Com atores de tamanho calibre, fica difícil observar o trabalho do diretor e o roteiro adaptado não me convenceu.
Fora as interpretações, destaco a cena do jantar dos padres, cheio de cigarros, bebida e muitas risadas, seguida do jantar ao melhor estilo velório das freiras. Destaque também para os belos sermões do padre Hoffman.
Se você quiser ver somente ótimas interpretações, este é o filme. Mas ele resume-se a isso. Um filme de atores.
Indicações: Melhor ator/Melhor atriz/ 2 indicadas a melhor atriz coadjuvante/Roteiro adaptado.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

resmunga ai