quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Moscou, Bélgica

Moscou é o nome de um bairro periférico de Ghent, na Bélgica, com uma densa classe trabalhadora. Matty, 41 anos de idade, três filhos, bate seu carro contra um caminhão no estacionamento de um supermercado. Johnny, 29 anos, pula da cabine, enfurecido pelo amassado no pára-choque dianteiro, gritando com Matty. Chocada com o acidente, ela responde com sarcasmo. A discussão transforma-se numa violenta briga e a polícia tem de intervir. De volta a seu apartamento, Matty está tomando um banho para se recuperar das emoções vividas, quando o telefone toca. É Johnny desculpando-se por seu comportamento anterior. Matty pede que a esqueça. Alguns dias depois ele aparece em sua casa. Ele consertou o estrago feito com a batida. O filme é uma comédia romântica sobre uma mulher cuja vida está cheia de acidentes e machucados.

Bélgica, 2008 Direção: Christophe van Rompaey

Este é um exemplo clássico das boas surpresas que a Mostra nos reserva se estivermos dispostos a aventura. Meu amigo Daniel disse dia desses: - Não sou contra os clichês, desde que sejam bem-feitos, bem tramados. Taí, concordo com ele em gênero, número e grau. "Moscou, Bélgica" possue um enredo simples, uma história que já vimos muitas vezes sobre a mulher recém divorciada que ficou com três filhos para cuidar, sendo uma adolescente. O ex-marido que se encontra na crise da meia idade e saiu de casa para ficar com uma garota 30 anos mais nova. E a descrença total na espécie masculina após ter sido abandonada. A história não é novidade, mas a forma como é conduzida, faz com que este filme seja muito bom. Um roteiro bem tramado, atores ótimos e o que é melhor, sem intenção de reinventar a roda. Sutil, delicado e divertido. Uma abordagem muito sincera sobre os altos e baixos do ser humano e sobre a segunda chance de sermos felizes que todos merecemos ter na nossa passagem por este planeta. Muito bom. A conclusão é linda.

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