Existem diversas maneiras de protestar, mas essa do VAZIO, foi demais. Enfia um monte de obra de artista independente que batalha por um mísero cantinho em qualquer galeria e nunca consegue porque não é "chegado" do curador ou do galerista. Coloca uma tela e disponibiliza o espaço para instalações de vídeos e performances. Qualquer anarquia artística preencheria muito melhor o espaço do que esse vazio ridículo.
Como em uma Bienal de arte a estrela da vez pode ser o VAZIO?! Pois é meus amigos. Cada um colhe o que planta não é mesmo, depois não adianta ficar culpando Deus e o mundo por tudo de ruim que acontece neste país. Arte e educação. Sem elas, não há solução. Leia trechos de algumas opinões sobre esta Bienal da Vergonha. Triste, muito triste.
"Sob o ponto de vista do curador ele conseguiu o que queria: deixar a todos indignados! Mas eu acredito que a função da Bienal seja maior do que deixar o mundo indignado. O curador conseguiu! Ele acabou com a terceira maior exposição de arte do mundo! Um verdadeiro Iconoclasta!"
"Então, simplesmente esqueça os corredores repletos de visitantes, a quantidade infindável de trabalhos, a necessidade – em todas as edições que vi – de ir mais de uma vez e os trabalhos que nos farão pensar por dias seguidos. Acredite: reserve somente uma hora do seu dia e torça para algo melhor surgir daqui a dois anos."
"O vazio é o nada. É ausência de tudo. É a falta de preenchimento de algo. É oco, inodoro, incolor e quiçá insípido. É desprovido de conteúdo. É vazio. Um tanto anacrônico considerar a proposta do vazio na 28º Bienal de Artes de São Paulo sendo algo de vanguarda. A todo o momento somos estimulados a lidar com a complexidade do múltiplo, o acúmulo material e intelectual, o preenchimento do tempo e do espaço a fim de suprir as necessidades existentes. Somos impulsionados ao consumo. A satisfação do ser está intimamente ligada ao ter. A felicidade é moeda de troca: só é feliz aquele que se realiza ao mesmo tempo na vida pessoal e profissional. Quando há o vazio, há a impressão de que algo saiu errado. Logo somos levados a crer que os objetivos não foram alcançados; falhamos. Existe uma incompetência subtendida no conceito do vazio que chega a superar a própria percepção da ausência. Pode-se dizer que a angustia que toma conta de nossos sentidos chega ser um alento, pois ela preenche a sensação do nada que havia até então."
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resmunga ai