segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Bienal do Vazio?


Segundo o curador Paulo Herkenhoff a Bienal vive uma crise ética em relação a seus conselheiros. ???!!! E o Kiko? Então resolvem deixar um ANDAR INTEIRO vazio em um dos eventos mais importantes do calendário de arte nacional e internacional como forma de protesto?!

Existem diversas maneiras de protestar, mas essa do VAZIO, foi demais. Enfia um monte de obra de artista independente que batalha por um mísero cantinho em qualquer galeria e nunca consegue porque não é "chegado" do curador ou do galerista. Coloca uma tela e disponibiliza o espaço para instalações de vídeos e performances. Qualquer anarquia artística preencheria muito melhor o espaço do que esse vazio ridículo.

Como em uma Bienal de arte a estrela da vez pode ser o VAZIO?! Pois é meus amigos. Cada um colhe o que planta não é mesmo, depois não adianta ficar culpando Deus e o mundo por tudo de ruim que acontece neste país. Arte e educação. Sem elas, não há solução. Leia trechos de algumas opinões sobre esta Bienal da Vergonha. Triste, muito triste.

"Sob o ponto de vista do curador ele conseguiu o que queria: deixar a todos indignados! Mas eu acredito que a função da Bienal seja maior do que deixar o mundo indignado. O curador conseguiu! Ele acabou com a terceira maior exposição de arte do mundo! Um verdadeiro Iconoclasta!"

"Então, simplesmente esqueça os corredores repletos de visitantes, a quantidade infindável de trabalhos, a necessidade – em todas as edições que vi – de ir mais de uma vez e os trabalhos que nos farão pensar por dias seguidos. Acredite: reserve somente uma hora do seu dia e torça para algo melhor surgir daqui a dois anos."

"O vazio é o nada. É ausência de tudo. É a falta de preenchimento de algo. É oco, inodoro, incolor e quiçá insípido. É desprovido de conteúdo. É vazio. Um tanto anacrônico considerar a proposta do vazio na 28º Bienal de Artes de São Paulo sendo algo de vanguarda. A todo o momento somos estimulados a lidar com a complexidade do múltiplo, o acúmulo material e intelectual, o preenchimento do tempo e do espaço a fim de suprir as necessidades existentes. Somos impulsionados ao consumo. A satisfação do ser está intimamente ligada ao ter. A felicidade é moeda de troca: só é feliz aquele que se realiza ao mesmo tempo na vida pessoal e profissional. Quando há o vazio, há a impressão de que algo saiu errado. Logo somos levados a crer que os objetivos não foram alcançados; falhamos. Existe uma incompetência subtendida no conceito do vazio que chega a superar a própria percepção da ausência. Pode-se dizer que a angustia que toma conta de nossos sentidos chega ser um alento, pois ela preenche a sensação do nada que havia até então."

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resmunga ai