Argentina, 2006
Direção: Daniel Burman
Já faz alguns anos que o cinema argentino deixou de ser promessa para tornar-se realidade e com certeza trata-se do melhor cinema realizado atualmente na América do Sul.
"As Leis de Família" conta a história de um jovem advogado e seu pai. O pai por sua vez é despojado e bem sucedido na profissão, não leva tão a sério as regras e procura divertir-se ao mesmo tempo que realiza seu trabalho. Fruto de sua maturidade e experiência. O filho por sua vez, apesar de seguir a carreira do pai, realiza o trabalho à sua maneira, de forma timída e regrada, sempre da maneira como as leis exigem.
O pai tenta uma reaproximação com o filho, não que estivessem brigados ou qualquer coisa parecida, mas o tempo é cruel e trata de nos afastar mesmo quando não queremos. Se não cuidamos, não cultivamos, as pessoas importantes de nossas vidas podem passar por nossos dedos como areia e o sentimento de arrependimento por ter deixado isso acontecer com certeza é dos piores.
O filho casa-se com uma linda mulher que fôra sua aluna na faculdade onde leciona. Junto com ela tem um filho maravilhoso e através da criança, começa a entender melhor ou ao menos tentar entender, seu pai, o avô do menino.
A direção segura do jovem talento Daniel Burman e o belo trabalho dos atores fazem deste filme de roteiro simples, um dos melhores programas em cartaz nas telas paulistanas. Sem ser piegas diante de um tema fraternal e familiar, o filme alcança seu objetivo.
Ao final uma frase que me marcou : "Não tem pressa para ele se parecer comigo. Ele parecerá ... Se quiser parecer ..." Pois é, Renato Russo já dizia: "Somos como nossos pais ...".
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resmunga ai