sexta-feira, 25 de março de 2011

BRUNA SURFISTINHA

Brasil, 2011
Direção: Marcus Baldini

Confesso que quando soube do lançamento do filme não tinha a menor curiosidade de vê-lo. A vida da piriguete Bruna Surfistinha não me interessava. Mas não é que o filme ta estourando?! Tá certo, isso não é parâmetro, afinal de contas, a unanimidade brasileira gosta mesmo de axé, pagode e sertanejo universitário e isso não quer dizer que a música seja boa, nada pessoal. Mas fiquei curioso e resolvi conferir.

Acho sempre legal conferir a estreia de um cineasta e Marcus Baldini, que até então só havia dirigido um dvd da Maria Rita, saiu-se bem. Se formos pensar, não tinha como dar errado, afinal, o livro que Raquel escreveu foi best-seller por aqui e ainda foi traduzido não sei para quantas línguas e agora taí estourando na bilheteria. Muito bom para nosso cinema.

É claro que Deborah Secco como protagonista é outro grande chamariz. Ela é linda, mas eu gostava da Deborah dos tempos de "Confissões de Adolescente", um ótimo seriado que passou na TV Cultura nos anos 90 e onde ela interpretava a irmã mais nova Carol. Mas depois de tantas novelas, ela tornou-se uma atriz que parece sempre estar fazendo o mesmo papel: o da gostosona. E o excesso desse papel tornou sua interpretação um tanto carregada, beirando o over. Em "Bruna Surfistinha" não é diferente.

O filme baseado no livro conta a história da patricinha Raquel que tinha sérios problemas de convivência com sua retrógrada família. O irmão é um escroto. Não aguentou a pressão e fugiu de casa decidida a ganhar a vida facilmente. Talvez para conflitar ainda mais com os pais.

Passou a trabalhar em um puteirinho do centro de São Paulo e logo tomou go$to pela coisa. No início foi difícil ser aceita pelas outras "primas", mas acabou conquistando as meninas e a maioria dos clientes da casa, gerando ciúmes.

Em uma balada conheceu Carol, a muy amiga que disse que ela pertencia a outra classe e a apresentou ao mundo dos clientes vip e a cocaína. Veio então o famoso blog que deu origem ao livro e a fama. Fez muito dinheiro. Conheceu o inferno e nunca mais falou com os pais.

Eu particularmente não conhecia a história de Raquel. Ela estudou no Bandeirantes, colégio de abastados de São Paulo, super tradicional e fazia parte de uma família rica, mostrando mais uma vez que dinheiro nunca trouxe felicidade, ajuda, mas não é tudo.

Ela foi corajosa, deu a cara pra bater e nunca escondeu o que fazia. Hoje, ela largou a vida fácil e casou-se com um ex-cliente interpretado por Cássio Gabus Mendes, que realizou um trabalho muito interessante. Destaque também para a cafetina Drica Moraes, muito bem no papel. Infelizmente, Deborah continua over demais.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

resmunga ai