terça-feira, 24 de março de 2009

Maravilhoso e Inesquecível! RADIOHEAD


Chácara do Jóckey - São Paulo - 22/03/2009
Como já havia previsto, o show foi simplesmente divino. Vamos por partes.
Cheguei bem a tempo de conferir a tão aguardada perfomance dos Los Hermanos. O show que estava marcado para acontecer as 18:30, começou inacreditavelmente 5 minutos ... ADIANTADO! Pois é, e assim foi até o último show. Nota 10 para a pontualidade do evento.
Apesar da leve garoa que caia no momento, nada impedia que seus calorosos fãs entoassem as canções a plenos pulmões. Fiquei até traumatizado com um guria que não cantava, mas sim berrava sua voz de taquara rachada no meu ouvido. Um horror rs. O som dos Hermanos estava mais baixo que as 2 atrações que seguiriam.
Como só comecei a acompanhar o trabalho da banda a partir do 4° disco, que eu acho muito bom, para mim o show foi ótimo, pois baseou-se nas músicas desse trabalho princilpamente. E ainda pude curtir Amarante ao vivo com sua voz rasgada, que cá entre nós, é muito melhor que o papa feto Camelo.
Para os fãs de verdade, o show foi o pior de todos e reinvidicavam a execução de canções como "Primavera", URGH! Me safei dessa. O show terminou com Amarante dizendo: Até algum dia, ou seja, nada de planos concretos de retomarem a banda, pelo menos por enquanto.
O Kraftwerk foi convidado pelo Radiohead para abrir a turnê sul-americana. Com apenas um dos membros originais, o show da banda alemã de quase 40 anos de estrada foi baseado em clássicos como "The Robots"(com a tradicional substituição dos membros por suas réplicas mecânicas), "Autobahn" e "Trans-Europe Express". Para os interessados foi um ótimo show e para quem queria dar uma descansada antes do main course da noite, foi a pedida para tomar uma cervejinha (5 pilas) e comer alguma coisa.
Aliás, a estrutura do setor de serviços foi um HORROR! Imagine 2 barraquinhas, uma de pizza e outra de cachorro-quente, fritas e refrigerante. Imagine agora, 3 caixas para atender 30.000 pessoas. Tava pior que barraca de quermesse. Você paga caro por um serviço de merda. 1/2 hora pra conseguir pegar uma ficha. Mais 15 minutos pra conseguir pegar uma pizza das mais simples (8 pilas). Fala sério! Todo grande show é a mesma porcaria. Um desrespeito total com o consumidor.
Mas falemos de coisas agradáveis. E põe agradável nisso. O show principal da noite começou pontualmente as 22:00. Um cenário maravilhoso e futurista compôs o palco. Era como pilastras de ferro de variados tamanho que desciam do teto que juntamente com o trabalho fenômenal de iluminação, criava efeitos abstratos e surreais de acordo com a canção executada. Temos ainda a criatividade no uso dos 3 telões.
O Radiohead sempre procurou executar um trabalho de excelente qualidade e isso não resume-se à música. Eles são muito preocupados com a questão que a imagem da banda transmite. Seus videoclips são super elaborados, originais e criativos, com uma mensagem sempre à espera de ser captada. Com as capas dos discos não é diferente e consequentemente, com os telões de seus shows, também não. Um espetáculo.
O som dos caras é minuncioso e preciso. Quem entende um pouco de música, vislumbra-se com os arranjos e a genialidade da trupe de Thom Yorke e as expressões faciais de deslumbramento eram visíveis no rosto da platéia. Meu grande desejo é poder ver um show deles em uma casa de shows pequena, onde se pode acompanhar a evolução de cada nota desta banda única no cenário musical atual.
Estão sempre inovando e se reconstruindo, vide a genial idéia de lançar o último álbum "In Raibows" na internet, onde o público poderia pagar quanto quisesse pelo disco. E o começo do show foi baseado neste último trabalho.
Depois vieram clássicos como "Paranoid Android", "Karma Police" e "Fake Plastic Trees". A banda voltou para 3 bis. E quando todos pensavam que o hino "Creep" ficaria de fora do set list paulistano, Thom Yorke volta para cantar a canção com o público que foi ao delírio no desfecho desta noite memorável.
Eles merecem todo reconhecimento que conseguiram. E se não bastasse, ainda são super engajados com a Sétima Arte. Quer perfeição maior que esta? A banda é responsável pela trilha de "Choke", último filme do roteirista de "Clube da Luta", Chuck Palahniuk e que esteve presente na última Mostra de Cinema de São Paulo e já foi comentado por aqui. Ainda temos o baixista Colin Greenwood que compôs as canções para o longa "Woodpecker" de Alex Kapovsky e a aclamada trilha composta pelo guitarrista Johnny Greenwood para o excelente "Sangue Negro". Ufa!
Então, nada mais justo do que abrir uma excessão e adicionar na Rádio Trilha, algumas canções da melhor banda da atualidade que proporcionou aos brasileiros o melhor show deste ano, do ano passado e do ano que vem. De arrepiar. Thanx my Lord!
ps: Nem a demora para sair do estacionamento oficial (35 pilas!) foi o suficiente para tirar o sorriso do rosto. Sorte dos responsáveis, pois foi um verdadeiro caos. Eu pessoalmente, consegui sair à 1:40. O show acabou 0:10. E ainda querem fazer a Copa no Brasil. Por favor! Mas continua tudo lindo e minha semana será maravilhosa.


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