terça-feira, 4 de março de 2008

TEATRO - SIMPATIA


TEXTO: JOSÉ RUBENS SIQUEIRA
DIREÇÃO: RENATA MELO
ELENCO: LEADRA LEAL, XUXA LOPES, MAURÍCIO MARQUES ...

Sempre fui fã da Leandra Leal, desde sua interpretação no maravilhoso "A Ostra e o Vento" que venho acompanhando o trabalho desta bela atriz em todos os sentidos. Logo, confesso que minha única intenção ao conferir esta peça era vê-la em ação nos palcos.

"Simpatia" é baseada numa série de entrevistas e depoimentos dados pelas funcionárias bem sucedidas da AVON. Isso mesmo, aquela empresa de cosméticos, eu acho rs. São histórias do cotidiano sobre casamento, velhice, alegrias e tristezas. Inicialmente, cada personagem conta sua história sozinha. Do meio para o fim vão acontecendo as interações entre os personagens.

Apesar do chamariz das duas ótimas atrizes, elas pouco aparecem. O texto é muito fraco e

simplório. Ao ouvir os relatos dos personagens, temos aquela sensação de repetição, seja no drama ou na tristeza. Tirando uma ou duas esquetes que são melhorzinhas, o resto é muito ruim. E para piorar, a diretora inventou de inserir momentos lúdicos e surreais, talvez para dar uma quebrada no texto horrível e poupar o espectador daquela baboseira repetitiva.

Momentos como, um casal dançando tango, muito mal por sinal, mulheres saindo de uma porta e entrando em outra em uma coreografia chata e por aí vai. Não é comédia nem drama, aliás, não sei o que é esta peça rss. A diretora ainda tentou "ousar" ao mostrar os peitinhos de uma das atrizes. ÓÓÓÓÓÓOÓÓ. Será que ela se achou-se radical e revolucionária? E o pior de tudo é que eram uns peitinhos muchinhoooooss, rs.

Mas a atriz despeitada, juntamente com as outras duas globais, são as únicas que se salvam neste elenco. Os dois rapazes da peça .... Não sei qual é pior, uma interpretação dura, sem emoção e forçada. Um deles tem o cabelo igual do Ronnie Von e o outro tem que parecer macho medindo 1,60! De doer viu gente. Pra não dizer que é tudo horrível, dou crédito ao cenografista que desenvolveu um ambiente simples mas muito útil cenograficamente e só!

O teatro vazio em pleno Sábado, com duas atrizes globais no palco, parece confirmar minha tese. Não adianta procução global, patrocínio de grande empresa se o espectador não enxerga paixão naquilo que está sendo realizado. E paixão, o "primo pobre" que encontra-se na sala inferior do teatro tem de sobra. Aliás, estou programando em breve rever "Aldeotas", este sim, um trabalho primoroso desenvolvido pelo pequeno grande homem Gero Camilo.

Leandrinha, gosto muito de você, mas esta peça ....


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resmunga ai