terça-feira, 12 de julho de 2011

COMER, REZAR, AMAR

EUA, 2010
Direção: Ryan Murphy

Não li o livro, sou meio chato com bestsellers, sou do contra. O filme tampouco me interessava, mas como acredito que só se pode falar de algo (bem ou mal) após confêri-lo com os próprios olhos, cedi aos pedidos de minha amada.

Com 35 anos e ao menos 25 dedicados a Sétima Arte, já adquiri uma certa bagagem para prever a trama de alguns filmes, seu desenrolar e desfecho. Alguns são muito óbvios e infelizmente, pouquíssimos surpreendem. Mas como disse acima, tem que ver pra poder poder falar e meninossss, EU VI!

O filme conta a história de uma bela dama (Julia Roberts) que após um casamento fracassado entra em depressão e resolve largar tudo e partir para uma viagem de um ano, atrás de "ressuscitar" seu espírito para os sentimentos adormecidos.

Primeira parada: Itália. Bom, parece um filme de agência de turismo com abuso imensurável de todos os clichês possíveis do país em forma de bota. A comilança, o falar exagerado com o corpo e os italianos tarados galanteando qualquer moça que passe pela rua. Bom, confesso que senti fome.

Segunda parada: Índia. Aqui ela busca o retiro espiritual e descobre (sério?!) como é difícil não pensar em nada. Acho que sou avançado neste aspecto, pois esta tarefa não é tão difícil para mim. Acho que mulheres realmente devam ter mais dificuldades para manter a mente limpa.

Nesta etapa da viagem ela conhece o personagem do ótimo Richard Jenkins, que faz o papel de um cara muito chato. Através dele, ela descobre que todos os gringos que vão para a Índia sofreram traumas na vida. Ele por exemplo era um ex-alcoólatra que por conta do vício fez muita gente sofrer. Muita cor, voto de silêncio e mais clichês.

Terceira parada: Bali. Aqui ela conhece um guru (muito chato e sem graça). Além de guru o tiozinho é profeta e metido a cantor. O seu "See You Later Alligator", casado com seu sotaque mala é extremamente irritante. Mas por ocasião do destino, lá ela conhece o grande amor da sua vida. Um brasileiro interpretado pelo também ótimo Javier Bardem.

Mas porque Bardem para interpretar um brasileiro e não nosso internacional Santoro? Bom, trata-se da adaptação de um livro recordista de vendas e o povo não quer ver qualquer um no papel do brasileiro. Bardem é global e além do mais, Santoro é muito novo para Júlia Roberts. Ah, tem Hollywood também.

O resumo da história é básico e não deveria ser necessário para as pessoas descobrirem o segredo da vida: Seja você mesmo, não pontue suas atitudes baseadas na opinião de terceiros e viva, pois a vida é curta caros amigos(as). Faça o bem que ele retornará ou o clássico, quem planta colhe.

Vale pelas belas locações, mas como filme, é um tremendo desperdício de ótimos atores. Blockbuster de auto-ajuda emoldurado por belas imagens e nada mais. Ahhh, James Franco também está no filme, mas seu papel é tão irrisório que já havia me esquecido do rapaz.





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resmunga ai