quarta-feira, 3 de novembro de 2010

TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS

Tailândia/Reino Unido/França/Alemanha/Espanha/Holanda, 2010
Direção: Apichatpong Weerasethakul

Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, "Tio Boonmee" será o filme mais procurado e badalado por todos os festivais em que passar. Por aqui não poderia ser diferente, e como ainda não há data de estreia prevista, não poderia perder a oportunidade de ver o filme mais comentado do ano.

O filme é totalmente budista. Logo, antes de tirar conclusões ocidentais, procure saber um pouco mais sobre esta religião, que eu particularmente, considero a mais sensata e nobre de todas. Somente assim você poderá tentar compreender o filme.

O filme é exótico e instigante. Ele cria uma atmosfera de suspense que envolve e acima de tudo, provoca o espectador. A cena da princesa na cachoeira, é uma das mais belas e emblemáticas do cinema recente. Esta cena também surge para explicar o que teria ocorrido ao filho de Boonmee.

No budismo, a morte não é um tabu, é apenas uma passagem. Nessa religião, todo ser vivo merece o mesmo respeito. Um peixe, um macaco e eu, possuímos o mesmo valor neste mundo. Acreditam em reencarnação, logo, pense 2 vezes antes de pisar naquela formiga, ela pode ter sido um parente seu. Sem ironia, sem brincadeiras, o budismo é assim.

Tio Boonmee acredita estar doente por causa de seu karma, por ele ter matado muitas pessoas e animais.

No final, o ápice. Tia e sobrinho ao ajudarem Boonmee sem questionamentos e de coração aberto, atingiram o Nirvana, a pureza máxima de espírito que independe da matéria. A alma, alimenta-se de bondade. Tornaram-se seres superiores.

E o céu ... bem, este é superestimado. Não existe nada lá. Ótimo filme merecedor de toda badalação. Infelizmente, incompreendido pela sociedade ocidental, materialista ao extremo.





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