quarta-feira, 10 de novembro de 2010

NA FLORESTA

Grécia, 2009
Direção: Angelo Frantziz

Existem vários tipos de frequentadores da Mostra. Aqueles que querem ver os blockbusters antes de todo mundo, aqueles que só procuram as obras de diretores conhecidos, aqueles que compram a permanente e tentam ver todos os filmes (embora na maioria das vezes ele sai no meio da sessão, ou antes, de mais de 50% deles).

Hoje vou falar dos aventureiros, aqueles que procuram os filmes mais inóspitos, dos países mais exóticos e que só o Cakoff e mais meia dúzia de gatos pingados viram.

Eu, particularmente, me encaixo nesta última turma. Procuro os filmes que sei que não vão estreiar no circuito comercial e por não haver mitos comentários ou nenhum sobre as obras, corremos o risco de literalmente nos depararmos com uma "Bomba".

Pode-se dizer que a bomba é uma instituição da Mostra. Para os aventureiros, é quase certeza de que ao menos uma bomba cruzará nosso caminho. Cakoff deve fazer de propósito, para gerar discussão, afinal, as bombas costumam ser inesquecíveis. Me lembro de ao menos dois filmes bombásticos (no pior sentido), que não saem de minha memórias pelo trauma causado de tão insuportáveis. "As Tentações do Irmão Sebastião" é um deles.

Neste ano já achava que não teria o desgosto, mas ela veio no meu último dia de Mostra. "Na Floresta" é um míssil! E o pior é que eu devo ter algo de masoquista, pois não consigo sair da sessão, acredito que o filme possa ter algo que me surpreenda, nem que seja nos cinco minutos finais. Mas as bombas não costumam ter reviravolta.

"Na Floresta" começa no meio do nada e termina no meio do nada. O rapaz que fez a legendagem eletrônica assustou-se quando descobriu que o filme tinha apenas 43 legendas. Isso mesmo, 43 breves diálogos durante 97 minutos. Pensei então com meus botões: Aaa, tudo bem, o filme deve ser meio lento, normal. Antes fosse.

Três jovens, um homem, um homem que gosta de homem e uma mulher, vão para uma floresta em uma praia paradisíaca da Grécia. Lá eles se entregam aos prazeres da carne e do pansexualismo (Serguei gostou) como diz a sinopse. O homem é namoradinho da menina, mas ele realiza os desejos do homem que gosta de homem as escondidas. Numa dessas escapadas, a menina descobre que seu namoradinho tira um sarro com o outro rapazinho. No início fica perdida, mas depois desencana e quer mostrar que o dela é melhor que o dele. Questão de gosto kkk.

Entre uma transa e outra eles bebem, fumam e brincam na floresta. Brincam na floresta, fumam e bebem. O diretor talvez achasse que iria revolucionar o cinema mundial ao mostrar closes de pintos, pintos gozando, boquetes homossexuais e etc ... Já vi pinto no telão, ja vi boquete no telão, já vi sexo explícito no telão, mas o sexo tinha propósito.

Em "Na Floresta", não existe uma história, são três jovens no meio do nada transando. O roteiro inexiste, a direção ... não aparece porque não foi necessária, consequentemente a atuação ... A câmera é nervosa, na mão, dá tontura. Parece uma "Bruxa de Blair" erótico em uma praia grega com falos pipocando por todos os frames. É falo na banheira, no mar, na praia a milanesa, puta que o pariu, vai gostar de pinto assim lá na casa do caraio!

Pois é, o que seria da minha Mostra sem as bombas. O pior é que essas trasheiras demoram pra sair da cabeca. Vou ter pesadelo com essa merda!





Mesa sto dasos

mesa sto dasos | Myspace Video

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resmunga ai