segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

GUERRA AO TERROR


EUA, 2008
Direção: Kathryn Bigelow


O filme que vem arrebatando prêmios por onde passa me decepcionou. Não que o filme seja ruim, mas já conferi vários filmes do gênero e pelo que andava ouvindo, parecia que tratava-se do melhor filme de Guerra de todos os tempos. Não foi o que achei.

O filme conta a história de um esquadrão antibomba na Guerra do Iraque. Ao perder seu especialista logo no início, um substituto é enviado e então começa o filme.

O filme trabalha a expectativa, aquilo que não conseguimos ver e consequentemente, deixa o espectador aflito. Ponto para Kathryn. Ao caminhar em direção a bomba, vemos pessoas nas janelas dos prédios, pessoas pela rua e pelo comércio local. Saber que a qualquer momento, uma daquelas pessoas pode detonar a bomba provoca a aflição constante. O filme começa bem e Kathryn consegue transmitir um pouco da adrenalina daquele que exerce esse trabalho suicida.

O filme começa a se perder quando entram os clichês. Nada contra se forem bem trabalhados, o que não é o caso. O personagem que chega para substituir o anterior tem um "Q" de Rambo. O homem não consegue trabalhar em grupo e põe em risco a vida dos companheiros para satisfazer sua necessidade de adrenalina. Solta frases como: "Se eu vou morrer, que eu morra confortável." Acende o cigarro toda vez que consegue finalizar um desarmamento, como se tivesse acabado de transar. A Guerra é uma droga e o personagem em questão é viciado nela. Ok, até aí achei que começou a forçar, mas passa.

Depois o Rambo da bomba cria empatia com um menino vendedor local e mostra o lado salvador dos EUA. Em um país onde todos americanos são odiados, ele tenta mostrar compaixão e transmitir a mensagem de que os EUA são os salvadores do mundo e só estão lá para ajudar os iraquianos. Agora cá entre nós, um homem viciado em Guerra e que não se importa com a família que lhe espera em casa, mostrar-se sentimental para com o garotinho iraquiano soa bem falso.

Depois tem a cena dos soldados se esmurrando como verdadeiros trogloditas nerds simplesmente para aliviar a tensão. Neste momento eu desisiti do filme.

Bigelow ainda tenta mostrar que aqueles homens tem coração e sentimentos e o filme quase cai na pieguice. Quer dizer, eu acho que cai, porque ela tenta juntar poesia à Guerra. Em uma cena onde todos estão voltados para a eminência da bomba explodir, ela me põe um menino empinando uma pipa!? Ohhh que lindo, existe poesia na guerra. Enquanto todos correm para não morrerem, o menino empina sua pipa tranquilamente ao lado do homem bomba.

O filme não é ruim, mas ela devia deixar a poesia e o lado sentimental de lado, pois a adrenalina bastaria. Mas acho que foi até por isso que os americanos gostaram tanto deste filme. Mostra o lado "doce" da America.

Talvez seja implicância minha, mas para mim, que conferi filmes como "Lebanon" e "Beaufort", dizerem que "Guerra ao Terror" é o melhor filme de Guerra recente, soa como piada. Mas afinal, o prêmio é restrito a americanos, entoces ...

Filme/Direção/Ator/Roteiro Original/Trilha Sonora/Edição de Som/Mixagem de som/Edição e Fotografia





Nenhum comentário:

Postar um comentário

resmunga ai