domingo, 5 de julho de 2009

A Partida



Japão, 2008
Direção: Yojiro Takita


Este foi o filme que desbancou "Waltz With Bashir" na corrida ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Oscar deste ano. Se foi justo? Claro que não rs.

"A Partida" conta a história de um músico de orquestra frustrado. Com o fim da orquestra de que participava, ele resolve retornar a sua cidade natal para recomeçar a vida ao lado de sua esposa.

Chegando lá, ele revê pessoas que fizeram parte de seu passado e vai atrás de um emprego. Olhando o classificados ele encontra o anúncio que parecia ser perfeito: Ajudamos na partida, não é necessário experiência.

Pensando em se tratar de uma agência de viagens, Daigo o protagonista, dirigi-se ao endereço e descobre que na verdade, a partida refere-se a um ritual realizado para ajudar os mortos a partirem dessa para uma melhor com paz e tranquilidade. Sem grandes opções, ele aceita o emprego e então dá-se início uma jornada que mistura comédia e drama ao extremo.

O início do filme é uma comédia só, bem pastelão mesmo, afinal, o emprego inusitado é um prato cheio para boas piadas, ainda que bem inocentes. Mas com o passar do tempo, o filme salta para um drama que chega a ser perigoso para diabéticos. E dá-lhe lágrimas.

A mensagem está lá. Não importa o que os outros achem, o importante é você estar feliz com você mesmo, nem que para isso, seja necessário colocar em risco seu casamento, afinal de contas, a real companheira é aquela que te incentiva e dá força, independente da opinião alheia.

Destaque para o personagem do patrão de Daigo, na minha opinião o melhor de todos. O homem é a representação máxima do pensamento oriental. Falar pouco para não falar besteira e viver de acordo com as leis da natureza, infelizmente, como ele costuma dizer rs.

O filme é bonitinho e tem sua valia, mas achei que força muito algumas situações, além é claro de ser meio apelativo para que o espectador debulhe-se em lágrimas. Não precisava tanto e acabou ficando previsível.

O filme é bom, possue belas passagens e trabalha com louvor a sociedade machista e tradicional do Japão, mas poderia ter pegado mais leve no açucar.





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resmunga ai