segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Equilibrista


Inglaterra/EUA, 2008
Direção: James Marsh

Já fazia tempo que eu queria conferir este documentário que venceu a categoria no Oscar deste ano. Super justo por sinal. Felizmente essa bela obra saiu em dvd e finalmente pude confêri-la.

"O Equilibrista" conta a sensacional história de Philippe Petit, um homem fabuloso e romântico (além de um pouco louco) que gostava de levar a vida perigosamente mostrando sua arte.

Tudo que ele precisava para ser feliz era um cabo de arame e pessoas que incentivassem sua loucura. O homem parece que nasceu para o ofício, tamanha facilidade com que a desempenhava.
Ele gostava de desafios e a dificuldade o excitava, afinal, os obstáculos foram feitos para serem superados certo?

Ele já havia se equilibrado na Igreja de Notre Dame e claro, foi preso. Mas seu maior desafio ainda estava por vir. Quando descobriu que as saudosas "Torres Gêmeas" estavam sendo construídas ele pensou consigo mesmo: Elas estão sendo feitas para mim! Ficou louco, não conseguia pensar em outra coisa a não ser vencer mais um desafio e por tabela, entrar para a história.

Começou então a planejar com seus colegas de loucuras como vencer aquele desafio. Viajou inúmeras vezes para New York a fim de estudar o cotidiano das torres. Como as pessoas entravam, se precisava de crachá ou não e etc. Conheceu americanos que teoricamente poderiam lhe ajudar na empreitada e tudo na surdina, uma vez que estavam planejando "o maior crime artístico do século".

Petit pensava com a emoção e seus compatriotas com a razão, o que é meio óbvio, afinal de contas, ninguém gostaria de se sentir culpado pela morte de Petit caso algo desse errado. E tinha tudo para dar errado. Como instalariam o cabo? Como vencer o vento das alturas? E principalmente, como fazer tudo isso sem que fossem notados?

Enfim, eles conseguiram e o documentário intercala cenas reais da época com reconstituições das ações de Petit e seus companheiros. Eles se escondendo dos guardas, preparando os cabos e se preparando para a grande aventura.

É hilário o próprio Petit narrando a reação dos guardas que o aguardavan no terraço do edíficio. "Eles (policiais) não sabem como reagir ao ver um homem conversando com uma gaivota". E por 45 minutos Petit permaneceu no arame indo e vindo, deitando, brincando e conversando com o passáros, proporcionando aos transeuntes um espetáculo de proporções inimagináveis. Uma beleza inexplicável que acometeu a cidade onde tudo é possível.

Já satisfeito com a conquista, Petit foi preso, virou celebridade e teve que responder a muitas questões, mas a que mais lhe irritava era: Por que Senhor Petit? E ele respondia: Acabo de andar nas nuvens proporcionando um espetáculo nunca visto e tampouco imaginado e tudo o que vocês sabem perguntar é, por que? Não tem porque.

O resto é história e que história meus amigos. Petit pode parecer louco à primeira vista, mas confesso que sanidade demais enche o saco! Prefiro muito mais os loucos, afinal, se ser louco é ir atrás de seus desejos e de sua felicidade, quero um hospício de amigos!




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resmunga ai