quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O Último Rei da Escócia


Inglaterra, 2006
Direção: Kevin MacDonald

O Oscar 2007 já sabe o dono da estatueta de melhor ator: Forrest Whitaker, soberbo no papel do ditador Amin de Uganda. O roteiro é ótimo, misturando ficção com realidade, como por exemplo a inclusão do personagem do médico que vira conselheiro do ditador, aliás muito bem interpretado também pelo ator James Mcavoy.

A câmera na mão também foi um recurso bastante utilizado que caiu muito bem. Não existem afetações no filme, tampouco clichês, lugar comum em tratando-se de filmes que dissertam sobre o continente africano.

Jovem médico resolve fazer trabalho humanitário e escolhe Uganda como destino. Chega no local em plena guerra civil por causa da troca de governantes. Por acaso socorre o ditador e daí nasce uma relação recheada de altos e baixos. É convidado para ser o médico particular de Amin e daí nasce uma estranha amizade com prazo de validade.

No início a vida do médico é só alegria, cede aos prazeres e mordomias que Amin lhe proporciona e por um tempo a ilusão capitalista cega seus olhos. Com o passar do tempo, vai descobrindo o que realmente se passa naquele país e toma conhecimento das peripécias de seu mais novo amigo. Resolve pular fora, mas daí já é tarde demais.

Amin foi um ditador dos piores e como todo ditador, era paranóico, ai de quem o trair e não precisa consumar o fato, a desconfiança basta para eliminar os supostos ratos que estão contra ele.

O filme desenvolve-se de forma fácil e não existem muitos furos no roteiro. Já valeria somente pela atuação de Forrest, que realmente está incrível. A direção está ótima e a fotografia excelente também, ideal para o que o filme exigia, enfim, um filmaço com a presença de um de meus atores favoritos.

Só uma curiosidade: Fique para conferir os créditos. Nele aparece imagens do verdadeiro Amin e não é que o homem era igual ao Mussum! Cacildis! Muito bom.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

resmunga ai