segunda-feira, 27 de março de 2006

Mentiras Sinceras



Inglaterra, 2005
Direção: Julian Fellowes

Um filme justo. São 85 minutos de uma boa trama, não precisava de mais. Um filme sucinto que realizou seu papel de forma brilhante: - Servir de aperitivo para o main course da noite, Paradise Now, em breve, nas páginas do crítico.
Até que ponto uma pessoa está disposta a fazer tudo por amor? Qual o limite? As respostas para estas questões não podem ser dadas de maneira científica, não existe amostragem para os assuntos do coração, uma vez que cada um responde à sua maneira.

Imagine que você descubra estar sendo traído, que a pessoa que lhe traiu assuma isso e ainda por cima admita que nada fará para mudar a situação. Em Mentiras Sinceras, o traído passa por tudo isso e ainda por cima aceita a traídora no aconchego de seu lar, toda noite após esta voltar das loucuras sexuais com o amante. Ele expressa seus sentimentos, sua ira e inconformação, mas ainda assim, não consegue deixá-la, ele esta em suas mãos.

Entre idas e vindas do casal problemático, a investigação de um crime em que a traídora e seu amante são suspeitos rola solta. E o que acontece? É claro que o traído a ajuda. Resumindo, ao final do filme, amante e traído são praticamente amigos intímos.
Mentiras Sinceras mostra um casal pertubado e um marido pior ainda. Ainda penso se seus gestos foram de insanidade devido a cegueira do amor ou por ser um humano mais desenvolvido espiritualmente. Ele aceita tudo que a esposa impõe e ao contrário do que pensei no início, não tinha nenhum plano de vingança. Ele é testado ao limite e sobrevive.

No final das contas, todos nós sobrevivemos. Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra .... Mas o tempo é sábio e thanx God, na maioria das vezes, resolve tudo, ou quase. Bom filme.


Postado em 27/03/06 no O Crítico Sou Eu.

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