quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Dois Filhos de Francisco



Brasil, 2005
Direção: Breno Silveira
Uma dica: Se você não suporta a música de Zezé e Luciano e acredito que a maioria de vocês leitores não sejam fãs da dupla, assim como eu também não sou, não tem problema, mas tente esquecer isso por duas horas e você não se arrependerá.
Trata-se de um filme surpreendente, não que seja merecedor de um Oscar, se é que isso quer dizer alguma coisa, mas é um filme que conquista a quase todos, não existe unanimidade, e as pessoas ou parecem terem deixado o preconceito de lado ou se sentiram mais livres para gostarem do que sempre gostaram com o sucesso do filme.
Sinceramente, espero que assim como eu, elas tenham optado pela primeira opção, para o bem de nosso ouvidos.
Francisco (Angelo Antônio) é um homem determinado a fazer com que seus filhos mais velhos formem uma dupla de sucesso. Lembrou dos Jackson´s 5? Francisco é muito mais bonzinho que Jackson pai. Obcecado por isso, ele compra os instrumentos e começa a ensaiar com os garotos, que por sinal, interpretam muito bem a fase infantil de Zezé, a melhor parte do filme. Os atores mirins estão ótimos.
Eles mudam pra Goiânia onde conhecem um empresário (José Dumont) que até tem boas intenções mas as coisas não dão muito certo com ele. E os filhos não param de nascer. Até onde contei tinha uns 7, coitada da Dira Paes hehehe.
Há passagens muito boas e engraçadas. E para o bem geral da nação, nãaaaaaaao a música nãaaaaaaaaao é uma tortura. A trilha é composta de clássicos da música sertaneja que diga-se de passagem, todo mundo conhece um. O irmão de Zezé morre, a dupla não vinga. Anos se passam. Zezé tenta sozinho mas também não da muito certo. Luciano cresce e muda-se para São Paulo onde Zezé estava morando. Eis que nasce então o que conhecemos hoje em dia, não sei se o Luciano é bom hoje, mas Zezé fez milagres ali, o cara era muito ruim!!!
O que vale mesmo é acompanhar a trajetória de Francisco na busca do sucesso dos filhos. Angelo Antônio faz um trabalho muito bom. E pra vocês que pensavam que o filme seria brega, assim como eu achava, (quando soube sobre esse filme no ano passado fiquei indignado, não acreditava) , e eis que fui assistir e gostei. E fui por que quis mesmo hehehe.
Saibam que Breno Silveira, o diretor, teve muito cuidado para não cair no piegas. E ele conseguiu, bate na trave confesso, mas sutilmente. A história é muito triste e bonita também. A velha história do povo brasileiro que não cansam de contar, mas também não cansamos de assitir, porque acredito que seja impossível manter-se inalterado após ver a luta de um homem e seu sucesso após tanto sofrimento.
Belo filme para aquele domingão a tarde com a namorada, mas não no shopping hein , se não você vai acabar com seu domingo procurando vaga hehehe. E não se assuste se você se pegar cantarolando "É o Amor", horas depois em casa. Não se preocupe, dois dias e já saiu da sua cabeça, mas que gruda, gruda. Ai que meda !!!














publicado originalmente no o critico sou eu em 21/09/2005.

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resmunga ai