quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Frost/Nixon


EUA, 2008
Direção: Ron Howard

Finalmente consegui conferir este Frost/Nixon que foi um dos candidatos à melhor filme do último Oscar, uma das edições mais fracas diga-se de passagem, mas como já discutimos bastante sobre este assunto, falemos da película.

Frost/Nixon conta a história das celébres entrevistas realizadas pelo entertainer David Frost em 1977 após a renúncia de Richard Nixon.

A carreira de Frost estava em baixa. Ele estava morando e apresentando um programa de variedades na Austrália quando teve a excelente ideia de realizar as entrevistas. A grosso modo, é como se o Otávio Mesquita resolvesse entrevistar o Sarney e tirasse dele tudo o que o povo brasileiro quer saber.

A empreitada mostra-se então apesar de extremamente interessante, pouco viável. Seu produtor faz questão de lembrar Frost que política não era exatamente sua praia e que sua última entrevista havia sido com os Bee Gees. Frost não se importa, esta obcecado e começa a peregrinação para vender as entrevistas para grandes emissoras. Ninguém se interessa. Acham muito arriscado e duvidam que Frost consiga realizar uma entrevista que realmente tire as respostas de Nixon. Os anunciantes rejeitam a ideia e consequentemente, sem anunciantes, não há televisão. Frost decide então bancar todo o projeto sozinho. Compra um horário, contrata grandes pesquisadores da vida pública de Nixon interpretados pelos ótimos Sam Rockwell e Oliver Platt, que ao meu ver, poderiam ter mais destaque e chega ao valor pedido por Nixon, que era apaixonado pelas verdinhas.

Estava tudo certo. Seriam 3 séries de entrevistas com 2 horas de duração cada, onde em cada entrevista seriam abordados diferentes assuntos sobre a vida de Nixon, sendo a última sobre o caso Watergate que derrubou o presidente.

Como era de se esperar, nas 2 primeiras entrevistas Frost foi totalmente engolido pelo tubarão Nixon que com sua malícia e vivência conseguiu até melhorar sua imagem. Nem os produtores e pesquisadores acreditavam na capacidade de Frost. Mas na derradeira e última entrevista, Frost vira o jogo e arranca de Nixon a tão desejada confissão de culpa.

Com esta última entrevista, Frost alcançou a tão desejada credibilidade e colocou sua marca na história da televisão americana que teve uma audiência de cerca de 400 milhões de pessoas.

Trata-se de um filme de ator. Frank Langella está ótimo no papel de presidente corrupto e Michael Sheen segura muito bem o papel de Frost, mas não era pra tanto, apesar de ser um filme bem melhor que o vencedor pop indiano.






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resmunga ai