segunda-feira, 14 de julho de 2008

WALL-E



EUA, 2008
DIREÇÃO: ANDREW STANTON

Sou fã de carteirinha de animações. Desde as clássicas, com traços rústicos até as mais modernas. E eu sei que muita gente na minha idade também é apaixonada por estes desenhos que mantém viva dentro de nós, a eterna criança.

O melhor negócio que a Disney fez nos últimos tempos foi adquirir a Pixar. Amo as clássicas animações da Disney, mas nos últimos tempos, elas vinham perdendo audiência para as animações mais modernas realizadas com nova tecnologia. A Pixar por sua vez, já nasceu estrela. Impossível não se apaixonar por seus personagens. Desde o maravilhoso "Toy Story", passando por "Procurando Nemo" e chegando ao mais recente "Wall-E", na minha humilde opinião, todos seus trabalhos são excelentes e inovadores.

"Wall-E" é um desenho lúdico, romântico mesmo, mas com uma crítica muito direta. Além de divertir, ele instrui, e este casamento para uma animação, não é muito comum. "Wall-E" é o nome do robôzinho protagonista da trama. Sua função é limpar todo o lixo da Terra, função esta que ele começou a exercer 700 anos atrás, quando a Terra ainda era habitada. Passado tanto tempo, ele ainda faz seu trabalho e vive só na companhia de uma simpática baratinha. Certo dia, a Terra recebe a visita de uma robô super moderna, que tem a função de procurar rastros de vida. Como já disse, a Terra encontra-se inabitável hà séculos. Ocorre então o grande encontro dos dois robôs, o moderno e o obsoleto, que proporciona uma história de amor das mais memoráveis da animação, isso mesmo, do nível de "A Dama e o Vagabundo", um clássico Disney.

A primeira parte do filme praticamente não tem diálogos e é incrível como os animadores da Pixar conseguem colocar tamanha expressão em um personagem robô que nem boca tem. A segunda parte, quando aparecem os humanos, é uma tremenda crítica a sociedade de consumo atual e uma profecia muito cruel do que pode vir a acontecer com a humanidade. Cruel, mas totalmente consciente. Como a vida na Terra não é possível, o filme mostra os humanos vivendo enclausurados em uma espécie de eterno cruzeiro espacial, onde todos são extremamente obesos e fazem tudo com o auxílio de robôs. Estes humanos não sabem o que significa amor, sociabilidade, e tampouco imaginam que podem andar e fazer as coisas por conta própria.

Transformou-se em um sociedade vazia e sem alma. Alma esta, que "Wall-E" tem de sobra. Como assim? Isso mesmo, além da ácida crítica aos tempos modernos, a animação faz claras homenagens a clássicos da ficção científica como "2001, O Ano em que Faremos Contato" e "Blade Runner". As máquinas no poder e a habilidade de sentir emoção. Homenagem justissíma a estes clássicos proféticos.

Enfim, além de emocionar, "Wall-E" ainda instrui e alerta. Um dos melhores trabalhos da Pixar com certeza.

Ainda dá tempo de deixar um planeta melhor para nossos herdeiros. Pequenas ações geram grandes resultados. Você já pensou o que você pode fazer para ajudar seu planeta? Evitar imprimir coisas desnecessárias já é um belo ato. Desligar a torneira enquanto escova os dentes ou levar sua sacolinha para as compras. São pequenos atos que farão você se sentir melhor. O lixo é a desgraça do mundo. Faça sua parte. O planeta agradece. Não é discurso de ecochato, é uma realidade que veio para ficar. Wall-E e Eva ficarão muito felizes se pudermos poupá-los do trabalho de limpar o Universo





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