quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O VENCEDOR

EUA, 2010
Direção: David O. Russel
Bom, posso dizer que os 10 filmes indicados este ano são bem melhores que os do ano passado. Não temos um mico como "Um Sonho Possível" por exemplo. Graças!
"O Vencedor" não é uma história sobre boxe, apesar do nome. Trata-se de um filme sobre família, perdão e redenção. Fórmulinha básica dos filmes que pretendem emocionar. E emociona. Pra completar, trata-se de uma história verídica, o que torna a emoção muito maior.
O filme conta a história de Dicky Eklund (Christian Bale), ex boxeador que ficou conhecido por levar à lona Sugar Ray Leonard e seu irmão mais novo, Micky (Mark Wahlberg) que tenta realizar o sonho da família após o fracasso do irmão.
Dicky virou um viciado em crack. Apesar do bom coração, a droga o atrapalha e muito com suas responsabilidades. Ele nunca consegue cumprir um compromisso ou chegar na hora para treinar seu irmão mais novo. Christian Bale aliás, não recebeu a indicação de ator coadjuvante a toa. Seu trabalho de caracterização está incrível e sua interpretação magistral. No início achei que estava meio forçado, mas ao ver o personagem real no fim do filme, a única conclusão é a de que ele representou aquele homem fielmente. Um trabalho incrível.
Dicky é apenas um membro da família suburbana e problemática de Micky. O único que se salva ali é o pai, que parece ter mais consciência dos problemas que os atingem. A mãe (Melissa Leo), é a empresária e arruma lutas medíocres por cachês baixos apenas para continuar levando sua vidinha, sem se preocupar com a carreira do filho. Ou seja, Micky luta para sustentar a família e o crack do irmão. Eis que surge Charlene (Amy Adams) na vida de Micky e a garota abre os olhos dele para a família.
Melissa Leo também realiza um trabalho incrível e foi justamente indicada como atriz coadjuvante. Ela faz a mãe que ama mais o primogênito drogado. Micky não se incomoda com isso no início, mas chega uma hora em que ele cansa de sempre fazer tudo pela família e não receber o devido valor. Mas na minha visão, eles não fazem isso por mal, faltava alguém que desse um empurrão. Apesar do conflito gerado com a chegada de Charlene, sua presença serviu para aparar as arestas e unir os dois lados de forma mais sólida ainda.
Trata-se de um belo filme com grandes atuações. Vale principalmente por Bale. Família, perdão e a volta por cima. Básico, mas sempre emocionante (ou quase rs).
Fique de olho: A cena em que Dicky canta "acappela", "I Started a Joke" com sua mãe no carro. Simples, perfeita e linda!
Indicações ao Oscar: Filme/Direção/Ator Coadjuvante (Christian Bale)/Atriz Coadjuvante (Melissa Leo e Amy Adams)/Roteiro/Edição

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