segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O DISCURSO DO REI

Reino Unido, 2010
Direção: Tom Hooper

Muito comentou-se sobre o "Discurso do Rei", filme que vem arrebatando prêmios e indicações pelos festivais por onde passa. Na Inglaterra, por questões óbvias, é um sucesso estrondoso, pois além de contar um episódio marcante dos ingleses, traz um delicioso saudosismo ao relembrar a época em que a Inglaterra era grande e dominante, com suas colônias espalhadas pelo mundo ditando o rumo da história do planeta.
O filme conta a história verídica do Rei George VI, pai da atual Rainha Elisabeth II que sucedeu o trono após a abdicação de seu irmão mais velho Eduardo VIII, que trocou o poder pelo direito de casar-se com uma mulher divorciada. O Rei manda na Igreja Católica e consequentemente, não pegava bem um Rei casado com uma divorciada.
O filme se atém muito pouco aos fatos históricos da época e foca na vida particular do Rei e no homem que o ajudou a livrar-se de seus medos. No papel de Rei o cada vez mais impressionante Colin Firth, em atuação que deve lhe render o Oscar de melhor ator e no papel de "médico" e guru, o sempre bom Geoffrey Rush. Tem também a presença da ótima Helena Bonham Carter no papel de mulher do Rei, sempre disposta a ajudá-lo e apoiá-lo.
George sofre de gagueira e dicursar para seus súditos sempre foi um problema. Procurou diversos doutores e só achou a solução ao deparar-se com um ator frustrado australiano que tinha facilidade para transmitir confiança aos seus "pacientes" temerosos diante da massa. Lionel (Rush) vai então buscar as razões para essa gagueira, afinal, nenhuma criança nasce com o problema, que costuma-se desenvolver a partir dos 5 anos de idade. Descobre por exemplo que o Rei é canhoto, mas como na época ser canhoto era uma aberração, foi educado para usar a mão direita. A educação regrada da família real travou George, gerando insegurança e medo. Achava-se inferior e indigno de assumir o trono.
O filme é todo certinho. Um roteiro ok, mas como toda cinebiografia, não dava pra mudar muito nem inventar nada, apesar de ter ocultado a fascinação pelo nazismo que a monarquia inglesa ostentava.
Trata-se de um filme de ator. Colin Firth basicamente. Apesar de Rush e Carter, que também o apoiam muito bem, o filme é de Colin. De Colin e do povo inglês, que relembraram com nostalgia o tempo em que a Inglaterra dominou o mundo.





IndicaçõesaoOscar:Filme/Direção/Ator/AtorCoadjuvante/AtrizCoadjuvante/DireçãodeArte/Fotografia/Figurino/Edição/Trilha/Mixagem de som/Roteiro Original.

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