terça-feira, 13 de julho de 2010

O ESCRITOR FANTASMA


EUA, 2010
Direção: Roman Polanski

Imagine Tony Blair, ex-Primeiro Ministro inglês, sendo condenado daqui a 10 anos por crimes de guerra. Absurdo? Sinceramente acho que não, embora seja improvável. Bem que ele merecia passar um susto por ter apoiado George Bush, mas isso não vem ao caso.
Nesta volta de Polanski, que finalizou o filme da prisão, têmos um suspense político repleto de enigmas, aquele velho quebra-cabeça característico do gênero.
Ghost writer é contratado para escrever as memórias de um ex-primeiro ministro da Inglaterra. Na verdade, a história é do escritor substituto, pois claro, o antecessor fôra assassinado pois descubriu coisas que iriam além do lenga lenga de uma biografia política.
O novo contratado, interpretado por Ewan McGregor, também descobre as tais pedras no sapato do ex-primeiro ministro, mas já estava preparado por saber do desfecho de seu antecessor.
O climão de suspense esta no ar, trata-se de cinemão a moda antiga, com reviravoltas e descobertas "surpreendentes". Pelo menos assim Polanski gostaria que fosse.
Apesar de gostar do gênero, saí um tanto decepcionado da sessão. Sim, esperava mais. As interpretações estão ok, mas nada demais. A escolha do elenco foi razoável. Não achei que ninguém foi muito convicente, mas com certeza, a presença de Kim Cattrall, a tarada de Sex and the City, no papel de amante do ministro não convence, aliás, acho que ela não convence em nenhum outro papel a não ser o da taradona.
O roteiro até que é bom, mas talvez a maneira como Polanski tenha levado o filme, fez deste, apenas mais um entre tantos no gênero. Entretém, mas a obviedade é o maior pecado em tratando-se de suspense político e a conclusão preguiçosa, não ajudou em nada. Sobrou política. Faltou cinema.





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