domingo, 4 de novembro de 2007

Paranoid Park



EUA, 2007
Direção: Gus Van Sant

Alex, um adolescente skatista de 16 anos, mata acidentalmente um guarda na vizinhança de Paranoid Park, parque rodeado por ruas violentas de Portland. Ele resolve não falar nada a respeito. Ele e seu amigo visitam um mitológico parque de skate. A atração que a juventude sente por essa cultura, marcada pela liberdade punk e pelo hipnótico ritmo das rodas batendo no concreto, leva Alex a uma rápida amizade com um anarquista de sarjeta. Algo terrível acontece perto dos trilhos de trem, e de repente o jovem se torna o centro de uma investigação criminal. Mas que crime ele cometeu, se o cometeu? O mundo jovem reforça o isolamento que Alex sente em relação a qualquer estranho à sua significativa subcultura.

Mais uma vez Van Sant entra no seu universo predileto: Adolescentes problemáticos e deliquentes. E ninguém melhor do que ele para retratá-los. Com certeza não é um dos seus melhores filmes, mas mesmo assim, ainda está muito acima da média. A angústia, a paranóia criada em torno do protagonista são muito bem realizadas. As cenas de skate filmadas em super 8 ao som de Bach são simplesmente arrebatadoras. Não poderia ser diferente, uma vez que o fotógrafo de Paranoid é o mesmo dos filmes de Wong-Kar-Wai. Consequentemente, o abuso do slow motion torna-se uma ferramenta perfeita para criar o clima buscado por Gus.

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