terça-feira, 17 de abril de 2007

Pecados Íntimos


EUA, 2006
Direção: Tood Field

Atores ótimos, principalmente a querida e eterna chubby girl Kate Winslet. Tem também Patrick Wilson que vem destacando-se ultimamente com ótimas atuações. Personagens bizarros? Sim, todos eles. A menos estranha talvez seja Jennifer Connelly ... Pensando bem, ela também não escapa, uma vez que faz documentários para a PBS. Roteiro, assim como os personagens, bizarro. Não que seja algo diferente, novo e escroto, mas incomoda um pouco. Ok, essa era a intenção, mas acredito que o objetivo não foi alcançado.

Em uma pacata cidade do interior americana o pior pesadelo está por acontecer. Pedófilo que fôra condenado no passado cumpre sua pena e está de volta ao cotidiano da cidade. A população se arma para conviver novamente com esse monstro. Mas ele representa 30% do filme no máximo. O que pega mesmo é a relação entre Patrick e Winslet.

Mães costumam se encontrar em um parque local para jogar conversa fora e levar os filhotes para se divertirem. Kate é uma mãe um tanto relapsa e não aguenta o papinho republicano das colegas. Eis que surge Patrick com seu filho nos ombros. Ele não se mistura e as mães ficam fantasiando sobre aquele homem. Elas fazem uma aposta com Kate. Ela aproxima-se do rapaz e ainda dá um beijo nele para desespero das outras mulheres.

Kate quer chocar. Comportamento típico de quem não está feliz com a vida que leva. Seu marido ricaço, fica se masturbando no computador com uma calcinha usada de alguma musa internética enfiada na cara. A vida de Kate se resume a cuidar da filha. Descobre em Patrick algo em que se agarrar e o mesmo acontece com ele, embora tenha uma mulher linda e maravilhosa, a pressão dela e da sogra para que passe no exame da ordem o sufoca. Ele só queria ser skatista e não consegue dialogar com a esposa e revelar seus sonhos. Finge ser o que não é.

Patrick e Kate começam a se encontrar e passam as tardes juntos regadas à muito sexo. Eles encontram em si a válvula de escape para continuarem a aguentar a vida medíocre de ambos.

A cena da piscina pública em que o tarado entra todo paramentado para ver corpinhos inocentes embaixo da água é tão bizarra quanto o personagem. Os personagens mostram seus pontos fracos e pertubações, assim como o policial que convoca Patrick para o jogo semanal de futebol americano. Psico total. Ou a mulher caretona que vai ao encontro de literatura e não entende Madame Bovary.

O filme é estranho e não tem liga. Nem os ótimos atores salvam. Não chega a ser um horror, dá para acompanhar de boa, mas quando chega o final ... você pensa: Que cocô. Aconteceu comigo, pode não acontecer com você. O final é phoda! Ficou curioso? Arrisca e tire suas próprias conclusões. Boa sorte.





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