sexta-feira, 20 de abril de 2007

Crazy - Loucos De Amor


Canadá, 2005
Direção: Jean - MarcVallée

Crazy foi uma das sessões mais concorridas da última Mostra de Cinema de São Paulo, tanto que somente agora pude conferir a obra graças ao velho Gemini, a sala mais cult em atividade, cinemão das antigas. Até o carpete ainda está lá, tudo super kitsch e original! Antes de começar o filme Ray Coniff na música ambiente embala a sala. Um must hahaha. E o melhor: A programação costuma ser muito boa, é barato e você ainda ganha uma paçoquitaaaa. HAHAHA.

Crazy conta a história de um rapaz especial desde sua infância, quarto filho de cinco homens, sua mãe acredita que ele possue dons especiais, como o da cura através do pensamento, dom esse que nos proporciona algumas das risadas no decorrer do filme. Seus irmãos são assim classificados: o esportista, o intelectual, o garanhão drogado, esse um dos personagens principais juntamente com o suposto homossexual que tem o poder da cura e o caçula gordinho e cabeludo.

A mãe é generosa e coruja e o pai bem tradicional e machista nem imagina que um filho seu possa ser gay. Na verdade o rapaz também não sabe, ainda não se encontrou ou não conseguiu sair do armário. O diretor abusou das canções e a trilha sonora é um verdadeiro deleite para os amantes do rock n´ roll. Conforme os personagens crescem a transformação musical os acompanham, principalmente o protagonista. Floyd, Bowie, Pistols, está tudo lá. Uma maravilha.

A tensão do filme acontece quando as pessoas começam a desconfiar de sua opção sexual, assim como o próprio se sente perdido e a reação do pai ao descobrir. Os conflitos entre o irmão gay e o irmão mais velho garanhão também criam uma alta tensão na película e ao final, percebemos que apesar das diferenças um não existe sem o outro.

Apesar de ser um filme com temática gls, não há nenhum beijo homossexual, tampouco cenas de nudez e sexo, mostrando que os chamados filmes da diversidade sexual não precisam mostrar sacos e pintos sacolejando livres por aí.

Um filme que mostra o valor da família. Nosso sangue.





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