

Brasil, 2006
Direção: Andrea Tonacci
Carapirú é um índio nômade que, após ter seu grupo familiar massacrado num ataque surpresa de fazendeiros, consegue escapar e viver, durante 10 anos, perambulando pelas serras do Brasil central. Capturado em novembro de 1988, a dois mil quilômetros de distância de seu ponto de partida, é levado pelo sertanista Sydney Possuelo para Brasília. Sua história ganha as páginas dos jornais, gerando polêmica entre historiadores e antropólogos em relação à sua origem e identidade. É identificado como um Guajá por um índio intérprete, órfão de 18 anos, que havia sido resgatado, há 10 anos, pelo próprio sertanista, dos maus tratos de um fazendeiro. Mais uma surpresa do destino: os dois índios reconhecem-se como pai e filho, sobreviventes do massacre de 10 anos antes, ambos acreditando-se mortos. O elenco é formado pelas próprias pessoas que viveram os fatos.
De longe o melhor filme nacional que eu pude conferir na Mostra. Mistura de ficção e documentário. Bem interessante a utilização de vários formatos como HI 8, DV e 35 mm. Roteiro ótimo e super original com um protagonista que cativa a audiência, além dos coadjuvantes que o auxiliaram e do sertanista Sydney Possuelo que sempre realizou um grande trabalho frente nossos índios. Talvez peque por ser muito minimalista e um pouco longo, mas isso não chega a incomodar. Ótimo trabalho de pesquisa também com raras imagens de arquivo. Muito bom.
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resmunga ai