sábado, 4 de novembro de 2006

O Código Da Vinci



EUA, 2006
Direção: Ron Howard


Desde o grande sucesso do livro, vinha-se especulando muito sobre a adaptação para um filme. Este tinha tudo para ser o mais novo fenômeno de Hollywood: enredo riquíssimo, instigante, atores excepcionais, fotografia marcante dos mais belos centros históricos da Europa....mas, infelizmente, o filme não correspondeu a tudo isto.

Como em qualquer adaptação de best-seller para a telona, O Código Da Vinci não foge a regra de não superar as expectativas de quem já leu o livro. Li o livro e isso é um fator relevante a ser dito antes de começar a análise do filme. Não sou fã incondicional da obra; apenas acho-a interessante o suficiente para prender a atenção dos leitores, com os enigmas muito bem descritos e detalhadamente resolvidos. A trama policial é apenas o pano de fundo para que toda a aula de história da arte, mesmo que inverossímil, aconteça.

Robert Langdon é um famoso simbologista que está em Paris para uma palestra e acaba convocado a comparecer ao Museu do Louvre após o assassinato do curador Jacque Saunière. Antes de morrer, Saunière deixa uma série de pistas e símbolos a serem decifrados. Para fazê-lo Langdon conta com a ajuda de Sophie Neveu, criptógrada da polícia e neta do curador do Louvre. Juntos tentam desvendar o mistério guardado por uma organização secreta chamada Priorado de Sião, da qual Saunière era membro.

A principal interessada no segredo é uma facção conservadora da Igreja Católica, que se chama Opus Dei e é comandada pelo Bispo Aringarosa. Este conta com a ajuda do monge Silas para conseguir seu intuito. A dupla foge para a mansão de Leigh Teabing. Conhecido por ser um estudioso e caçador do Santo Graal, ele também entra na trama e ajuda os fugitivos a ir de avião até a Inglaterra.

Toda a história passa por momentos de fugas, intrigas, mentiras e mortes até descobrir o que há por trás das pinturas que pode colocar em xeque a fé dos católicos.

A trama é movida não pelos personagens, mas pela busca de soluções para os enigmas, decifração de códigos e uma manifestação de conhecimento histórico. São elementos que funcionam maravilhosamente no livro, mas que freiam a ação na tela grande. Quem rouba a cena mesmo é Sir. Ian McKellen que interpreta com maestria o amigo de Langdon, Sir. Leigh Teabing. A direção de Ron Howard tem como um dos principais pontos positivos o fato de ter conseguido rodar nos locais citados nos livros. O único local em que a produção não conseguiu filmar foi na Abadia de Wetminster.

Confesso que esperava mais do filme. Uma coisa é adaptar, outra é modificar. O filme, com cara de blockbuster, faz isso e de forma infeliz. Faltam seqüências que deixam o filme com mais cara de “arte”, se assim podemos dizer. Para quem leu o livro faltou informação e para que não leu o livro tinha muita informação! De qualquer forma, interessante seria se o público tivesse seus olhos voltados para a Europa e sua rica história. Só isso já vale o ingresso.....

Viviane Kawakami








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