sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Mezcal




México, 2005
Direção: Ignácio Ortiz

Personagens diferentes unidos pelo desamor, a dor e o sofrimento se encontram pelo denominador comum que os une, simbolizado pelo mezcal, um destilado popular tipicamente mexicano como a tequila. O mezcal é bebido para aliviar a dor da alma e está sempre presente nas histórias que se cruzam: na mãe que vela a morte de seu filho, na senhora que deseja encontrar a morte e aliviar sua velhice e solidão, no bêbado de casamento fracassado, na sua ex-esposa que rememora a infância e a saudade do pai, no homem que teve de matar o primo na juventude e é atormentado pela culpa, no homem que tem de cavar o túmulo de outros homens e defende a idéia de que os urubus e não os vermes deveriam decompor os mortos, e nos foliões que brindam a mesmice e o tédio de suas vidas com risadas entorpecidas.

Mezcal é psicodélico, uma viagem sem explicações. Com certeza o diretor é fã de David Linch. Loucura, loucura, mas por ser o último filme do dia, com atraso de 1/2 hora, foi pesado e difícil aguentar. A fotografia é ótima, com ângulos inusitados e uma cor amarelada que remete aos filmes antigos dos anos 70. O roteiro apesar de surreal, não é de todo ruim, mas não me agradou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

resmunga ai