sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MEIA NOITE EM PARIS

EUA/Espanha, 2011
Direção: Woody Allen

Que delícia de filme. Realmente a Europa faz muito bem ao mestre Allen. O filme não é tão bom como "Match Point", nem tão caliente e engraçado como "Vicky Cristina Barcelona", mas é charmoso e delicioso, uma verdadeira homenagem aos gênios do passado que causa encantamento e realmente faz pensar: Teria eu nascido na época errada?

E é exatamente isso que "Gil", interpretado pelo ótimo Owen Wilson pensa a todo momento. Roteirista de Hollywood, ele está cansado de seu trabalho enfadonho e vazio. Quer ser um escritor de verdade, dizer algo que lhe faça bem. Em uma viagem com a noiva para Paris, fica sonhando como seria viver na chamada "Época de Ouro" em Paris. Sua noiva (Rachel McAdams) diz que ele está muito bem em Hollywood e fala a todo momento pra ele parar de sonhar acordado. Uma verdadeira chata de galocha!

Gil começa então a perambular pela noite de Paris em busca de inspiração para seu livro. Em uma bela noite, quando o sino da igreja marca as doze badaladas, surge um velho carro imponente, onde seus ocupantes são nada mais nada menos que F. Scott Fitzgerald e Zelda Fitzgerald. Gil entra no carro e é levado para uma festa onde presencia Cole Porter ao piano e conhece Ernest Hemingway! PQP! É claro que Gil delira. Que sonho.

Sua noiva mala passa as noites com o pedante "amigo" Paul (Michael Sheen) e Gil não tá nem aí, pois na real, aquele noivado já estava fadado ao fracasso. Ele quer sair pela noite de Paris e ver qual a próxima surpresa que a cidade luz lhe reserva. E não são poucas. Matisse, Buñuel, Picasso, Dali e T.S Elliot, são apenas mais alguns dos personagens que ele irá conhecer. Entre tantos gênios, ele conhece e se encanta por "Adriana" (Marion Cotillard) que foi amante de Hemingway e Picasso e seu comentário ao saber disso não poderia ter sido melhor: "Você leva a palavra Groupie a um nível tão mais elevado". Muito bom.

Woody Allen retorna à fantasia de "A Rosa Púrpura do Cairo" e nos presenteia com um filme delicioso. Coisas que somente a Sétima arte pode proporcionar.

Moral da história: Podemos fantasiar que ter vivido em uma outra época seria muito melhor, mas mais importante, é trazer e realizar nossas fantasias para o presente, só depende de estarmos com a pessoa certa, afinal, andar na chuva pode ser delicioso, já que não somos feito de açucar, certo?





Um comentário:

  1. Amor, o pedante amigo Paul não é o Charlie Sheen!
    Te amo!!!

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resmunga ai