quinta-feira, 12 de julho de 2007

Ventos Da Liberdade



Alemanha/Itália/Espanha/França/Inlgaterra/Irlanda, 2007
Direção: Ken Loach

Uma das sessões mais concorridas da última mostra de São Paulo, "Ventos da Liberdade" foi o grande vencedor da Palma de Ouro de Cannes do ano passado.

Novamente o ótimo Cillian Murphy dá o ar de sua graça nos cinemas, desta vez para interpretar um jovem médico que abdica de uma promissora carreira para lutar ao lado de seus camaradas pela independência irlandesa.

Esta dado o mote do filme. Realmente não há muito o que se dizer. O filme nos mostra um povo lutando pelo direito de ir e vir em seu próprio país, que na época, era dominado pela Inglaterra.

Você verá então, cenas de soldados humilhando os mais fracos, ouvirá diálogos ufanistas por parte dos irlandeses, táticas de guerrilla dos locais, traições de ambas as partes e blá blá blá. Nada de novo portanto. O tema realmente é muito bom e isso torna o filme especial, mas a forma como é conduzido não apresenta nenhuma novidade.

O filme cresce na sua parte final quando o conflito entre irmãos cresce consideravelmente. Para que a Inglaterra aceitasse evacuar suas tropas da Irlanda, foi imposto que soldados locais fizessem o papel dos ingleses, ou seja, a situação piora, uma vez que agora você recebe ordens de um conterrâneo a serviço do Rei! E é exatamente isso que ocorre entre os irmãos, personagens principais. O irmão de Cilliam agora é subordinado do Rei e exige que Cilliam abra o bico sobre tudo o que sabe ou escreva sua carta, que metafóricamente quer dizer para ele deixar suas últimas palavras para quem ele ama.

Você morreria pelo seu País deixando para trás mulher e família? Você mataria seu irmão pela pátria? Você mataria seu melhor amigo porque quando torturado ele revelou segredos confidenciais? Eu acredito que não, eu não faria isso, meus valores são outros, apesar do meu enorme amor pelo meu País. Mas, no filme de Ken Loach, morrer pela pátria é sinal de bravura.

Os irlandeses são famosos por tal comportamento, onde coloca-se a pátria antes de tudo, mas acredito que os tempos são outros, o idealismo com essas proporções já não se encaixa nos dias atuais e eu morreria sim pela minha pátria, só que a minha pátria é minha família e meus amigos.

Bom filme, mas exagerado, romântico e idealista demais.





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