sábado, 4 de fevereiro de 2006

Free Zone



Israel/Bélgica/França/Espanha, 2005
Direção: Amos Gitai

Como todos os outros filmes do israelense Amos Gitai, "Free Zone" trata da relação Israel/Palestina. Desta vez com 3 atrizes fabulosas.

Natalie Portman, que nasceu em Israel, procurou Gitai para protagonizar este filme. Ele conta a história de 3 mulheres que se encontram por motivos que só a alma feminina pode explicar. O amor e caridade acima de qualquer indiferença religiosa. Uma americana, uma israelense e uma palestina.
Se você sobreviver aos 10 minutos iniciais, o restante fica fácil. No início, um grande plano sequência mostra Natalie chorando, mas chorando muito. E como ela chora! Coitada da princesa Léa.

Ela está no táxi de Hanna. Hanna pergunta seu destino e Natalie responde: - Me leve com você. Natalie encontra-se deprimida pois acabara de romper com o namorado. Após muito insistir, consegue convencer Hanna que a leve para O Free Zone, uma feira de automóveis usados na divisa da Jordânia com Israel e Palestina. Hanna tem que ir até lá para receber um dinheiro que lhe devem. A partir daí entra a terceira mulher, a palestina. Tratam-se com indiferença e a americana sempre vendo tudo de fora.
Trata-se de um road movie, que mostra que antes de qualquer coisa, somo humanos e nosso instinto básico, independente de qualquer coisa, é ajudar o próximo.

As 3 partem no táxi, parecendo não haver diferenças tão cruciais entre elas, até que a briga em torno do dinheiro volta a ser o ápice do encontro. Quando a discussão esquenta, entre a israelita e a palestina, a americana sai do carro e começa a correr. Sim , o filme esta cheio de metáforas.

Neste caso podemos dizer que talvez os EUA prefiram se abster desta briga, mas sempre pendendo para o lado de Israel.
É um filme diferente, como todos de Gitai. Lento, porém sua cabeça acelera. É bom sair do cinema tentando decifrar o que o filme quis mostrar, muitas vezes melhor do que aquele que nos traz tudo mastigado. Vale também pela maravilhosa Natalie Portman e pelo impressionante trabalho de Hanna Laszlo que ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes. Um filme para poucos. Acredite.






postado em 04/02/2006 no O Crítico Sou Eu.

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