Espanha/Argentina/Alemanha, 2011
Direção: Gustavo Taretto
Medianeras foi muito comentado enquanto esteve em cartaz na capital paulista. E olha que ficou bastante tempo. O recordista recente acredito que seja 2046, Os Segredos do Amor de Wong-Kar-Wai ou Medos Privados em Lugares Públicos. Ambos ficaram mais de ano no saudoso Belas Artes. Bom, mas isso não vem ao caso.
Cá entre nós cinéfilos: sabemos que o cinema argentino está anos-luz do tupiniquim, mas sinceramente, não entedi a razão de tanto auê para com Medianeras. Bom, talvez eu com meus trinta e poucos não tenha enxergado tanta beleza em seu roteiro um tanto juvenil. Nada contra, pelo contrário, adoro conhecer novos diretores e artistas, mas Medianeras ficou longe de me cativar.

Um ponto legal é dissertar sobre os "zumbis" que as pessoas viraram em um mundo conectado 7/24. As relações tornaram-se superficiais e as pessoas vivem vidradas em seus smartphones. Talvez ter 1000 amigos no Facebook o torne popular no universo online, mas na vida real, o "velho" abraço fica restrito aos dedos de suas mãos e olha que já é bastante. Uma bela frase que Martin solta resume bem o mundo atual: "A internet me conectou ao mundo, mas me desconectou da vida." Não precisa dizer mais nada.

Moral da história: Seu grande amor pode estar no apartamento ao lado. A mensagem é legal e muito pertinente ao mundo atual, mas a maneira como foi abordada aqui, mostrou-se um pouco bobinha. O desfecho do filme também não ajuda muito, pelo contrário. Talvez se não tivesse forçado tanto a barra em achar um ator que fosse parecido com o personagem do livro e ainda por cima o caracterizar como tal na última cena, eu tivesse dado mais crédito para Medianeras. Infelizmente não foi o caso. Com certeza aproveitou-se da "buena onda" cinematográfica argentina, que já dura uns belos 10 anos no mínimo e o filminho simpático virou cult.

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resmunga ai