segunda-feira, 18 de maio de 2009

Bridgestone Music Festival - Citibank Hall - 15.05.09

RENÉ MARIE & JEREMY PELT

Não conhecia o trabalho de René. E que grata surpresa foi conhecer essa maravilhosa artista. Que voz meus amigos. Que músicos. Sem contar a presença do brilhante trompetista Jeremy Pelt e a performance magistral de seu pianista Kevin Bales. René fez um show impecável e corajoso. Jazz moderno e clássico ao mesmo tempo com direito a belos solos de seus incríveis instrumentistas. Ponto alto do show foi uma música composta por um soldado na 2° Guerra Mundial que ela adaptou e transformou em uma canção extremamente bela. Ponto fraco e vergonhoso do show, foi a reação de alguns babacas quando ela corajosamente, adaptou hinos de seus país para o jazz. Explicando grosseiramente, seria como se o Paulinho da Viola transforma-se o hino nacional e o hino da bandeira em sambas ou Tom Jobim fizesse o mesmo em ritmo de Bossa Nova. No momento em que René foi cantar sua versão do hino americano, ecoou uma vaia do CAMAROTE e um grito de ABAIXO IMPERIALISMO! Desculpe o termo chulo, mas é de fudê né! O cara vai em um show patrocinado pela Bridgestone. Um show de JAZZ, original da terra do tio sam, paga R$ 200,00 reais pra sentar no camarote e R$ 30,00 por uma dose de Red Label e vem vaiar a artista cantando o hino americano?! (que por sinal é maravilhoso) Filhote: Vai tomar no meio do seu cú largo! como diria Selton Melo para seu Jorge no ótimo curta "Tarantino´s Mind" hahaha. Deu pra sentir o constrangimento dos músicos no palco, mas felizmente, a maioria da platéia estava com a artista. Ô povinho ignorante e sem educação que não sabe se comportar e separar as coisas. Mas tudo acabou em paz, graças ao carisma, simpatia e personalidade forte dessa bela cantora.








JIMMY COBB´S - SO WHAT BAND

Entra o quinteto no palco. Três microfines dispostos um ao lado do outro para os sopros. Um piano e a bateria da lenda viva. Começam então a tocar "So What". A música vem com uma velocidade impressionante, muito rápida mesmo. Platéia vai ao delírio. Quem assume o trompete de Miles aqui é Wallace Roney. Ele veste uma jaqueta colorida estilo Miles anos 80 e toca muito. Como é lindo ouvir seu trompete chorar. Em "Blue in Green", silêncio total, êxtase e calafrios invadem os corpos. Estamos presenciando a história. Impossível não se emocionar. E assim foi durante toda a apresentação. O álbum antológico e mais importante da história do jazz executado ao vivo pelos melhores músicos do gênero e ainda com a presença do baterista original. Posso dizer que não preciso ir a mais nenhum show este ano, pois este semestre foi simplesmente lindo e ver Jimmy Cobb arrepiando suas baquetas aos 80, não tem preço que pague. Sensacional!





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resmunga ai