terça-feira, 20 de novembro de 2012

360




Direção: Fernando Meirelles
Reino Unido/França/Áustria/Brasil, 2012

A mais recente empreitada de Meirelles no Cinema internacional é inspirada na clássica peça de Arthur Schnitzler, "La Ronde".

O filme apresenta a velha fórmula de histórias entrelaçadas  que em algum momento se cruzam. Apesar de ser falado em sete línguas e ter exigido uma bela produção, trata-se de um filme simples em sua composição.

Têmos o casal Jude Law e Rachel Weisz que perderam a velha paixão. Ela procura consolo nos braços

de um garanhão latino e ele, coitado, até quando tenta na maior insegurança pagar pelo calor de outra fêmea, fracassa. E claro que sobrou para o ótimo Juliano Cazarré o papel de amante latino. Taí o primeiro clichê de Meirelles. O coisa batida. 

Juliano namora Maria Flor, que ao saber que está sendo traída larga tudo e volta para a terrinha brasilis. Juliano pretendia se dar melhor na vida ao transar com Rachel, esperando que ela o ajudasse a conseguir melhores jobs como fotógrafo. 

Na viagem de volta Maria conhece Anthony Hopkins, um pai que procura há anos sua filha que desapareceu sem dar notícias. Conhece também Ben Foster, um ex-prisioneiro tarado. 


Aliás, essa história achei bem forçada em todos os sentidos. A psicóloga que libera Ben Foster para o convívio da sociedade e Maria Flor amargurada com a traição querendo dar para o primeiro cara de sua idade que lhe cruzar o caminho.


Achei forçada a maneira como foi apresentada na tela, mas sei que histórias assim são até comuns. A ideia só não foi bem escrita.

Assim como o casal russo que também ja não aguenta olhar mais um pra cara do outro. Ela apaixona-se pelo patrão, que corresponde, mas a falta de coragem de ambos para se declarar, coloca um fim na história antes de começar. Já o marido trabalha para um ladrão escroto e ao conhecer uma menina, (irmã da prostituta contratada por Jude Law no início do filme), resolve mudar sua vida. 

Trata-se de pessoas frágeis com os nervos a flor da pele que decidem seus destinos no mais puro ímpeto. À primeira vista é tudo muito lindo e romântico, ótimo para um filme, mas sabemos que dificilmente no dia seguinte, o ímpeto não se transformará em arrependimento. É aquela velha história de que a vida é muito curta e que devemos viver o presente. Concordo plenamente, mas também sei que dificilmente o romantismo perdurará após 24 horas, afinal, vocês nem se conhecem. E se por acaso der certo, comemore muito, você ganhou na loteria.

Minha maior crítica é com relação ao grande número de excelentes atores para serem tão pouco aproveitados. Fica tudo muito raso. Em histórias entrelaçadas, isso acontece 99% das vezes. Prefiro menos histórias e mais profundidade.





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