terça-feira, 16 de agosto de 2011

RIO


EUA, 2011
Direção: Carlos Saldanha


Grande Carlos Saldanha. É sempre bom poder elogiar um compatriota. Carlos Saldanha virou uma grife na animação. Tá certo que é tudo muito americanizado, para gringos e "average people" se esbaldar, mas o homem conquistou seu espaço em Hollywood e para quem prefere navegar na zona de conforto cinematográfica, seus filmes são ótimo$.

"Rio" e´mais do mesmo, mas se você se dispôs a assisti-lo, já deveria imaginar isto certo? Pois é. O filme conta a história de Blu, uma ararinha-azul que foi contrabandeada ainda filhotinho para um gelado estado dos EUA. Lá ele vivia como um verdadeiro pet da mamãe. Sempre teve tudo fácil e por isso, nunca preocupou-se em aprender a voar. Blu não sabe voar e é paparicado por sua dona. Um belo dia aparece um cientista brasileiro atrás do último espécime macho da ave, que por acaso é Blu. Ele convence sua dona de que se Blu não for até o Rio de Janeiro procriar com Jewel, a última fêmea da espécie, será o fim destas aves.

E lá vai Blu para a terra exótica e selvagem. Desde o momento em que pisa em território brasileiro, uma verdadeira avalanche de clichês toma conta da tela. Gringo já não sabe muito sobre nós. É sempre a mesma coisa, sol, futebol, violência, mulheres popozudas e carnaval. "Rio" usa e abusa de todos eles e não acrescenta mais nada, ou seja, vão continuar sem saber sobre nós.

Aqui ele descobre o amor e aprende a voar. Faz amizades e inimigos. Toda aquela fórmulinha da animação que quer agradar a todos (ou quase) está presente. Os amigos bobos, o velhinho mentor e o bichinho malvado. Tá tudo lá. Inclusive na trilha, as músicas escolhidas são as mesmas velhas e batidas músicas pra gringo ouvir.

As vozes são famosas. Têmos Jesse Eisenberg como Blú, Anne Hathaway como Jewel, Rodrigo Santoro como Tulio, o cientista, e Jamie Fox como Nico.

O filme é bonitinho, mas como disse, não apresenta nada novo. Talvez funcione melhor como filme turístico para atrair turistas para a Copa e Olimpíadas. Plasticamente é lindo, afinal, o Rio é belo em qualquer moldura, mas o roteiro ...

Enfim, o filme entrega o que promete, mas se quiser ver uma animação diferente e mais interessante, sugiro as francesas ou japonesas de mestres como Sylvain Chomet e Hayao Miyasaki.





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