USA, 2013
Direção: Spike Jonze



Uma bizarra relação desenvolve-se entre os dois. E o pior de tudo, é que neste triste novo mundo, nada soa absurdo. "Blade Runner" atualizado? Nãoooo. Jonze acerta em cheio quando desenvolve uma personagem da qual conhecemos apenas a voz. A imaginação do espectador é posta pra trabalhar e Samantha parece ser muito mais palpável e próxima do que o os andróides de Ridley Scott. No ápice da solidão, Theodore apaixona-se por ela e vice-versa. Também, que homem solitário e triste não se apaixonaria por um sistema operacional super avançado com a voz de Scarlett Johansson?
Brincadeiras à parte, Jonze cria um futuro com ares proféticos. Os zumbis de celular são figuras comuns do nosso cotidiano. Namoros virtuais são uma realidade. Tudo está na nuvem, inclusive, as relações. Portanto, o futuro de Jonze não espanta nenhum pouco, mas que ele é triste, disso não resta dúvida. Triste e cada vez mais solitário patrocinado por grande corporações e por nós mesmos.
Belo roteiro e direção de arte impecável, aliás, o filme concorre a cinco Oscars: Filme, Trilha Sonora, Canção Original, Roteiro Original e Direção de Arte.
